Justiça aceita nova denúncia contra Claudinho Serra e mais 13 réus por corrupção
Denúncia refere-se à 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada em junho e inclui pai e mulher do ex-vereador
A Vara Criminal de Sidrolândia aceitou mais uma denúncia contra os acusados de integrar esquema de corrupção descoberto na Operação Tromper. Novamente, o ex-vereador de Campo Grande, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra, encabeça a lista, além de outros 13 réus, entre eles, o pai e a mulher dele.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A denúncia é consequência da 4ª fase da Operação Tromper, deflagrada no dia 5 de junho deste ano, para apurar a continuidade do suposto esquema que fraudava licitações da prefeitura de Sidrolândia, quando Claudinho era o Secretário Municipal de Fazenda.
O grupo é acusado de fraudes em licitações e contratos superfaturados que, segundo o Ministério Público, movimentaram cerca de R$ 20 milhões desde 2017. As investigações indicam o pagamento de propina a agentes públicos e o uso de empresas de fachada para viabilizar os desvios.
Nesta nova denúncia, aceita pela Justiça no dia 18 de junho, figuram como réus, além de Claudinho, o ex-assessor, Carmo Name Junior e o dono de empreiteira, Cleiton Nonato Correia, os três, presos na ultima fase da operação. Contra eles, recai a acusação de corrupção, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de capitais.
Também figuram na lista o pai do ex-vereador, Cláudio Jordão de Almeida Serra; Mariana Camilo de Almeida Serra, esposa de Claudinho; Jhorrara Souza dos Santos Name, esposa de Carmo; Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”; Juliana Paula da Silva; Rafael Paulo da Silva; Valdemir Santos Moção, o “Nanau” Thiago Rodrigues Alves, apontado como intermediário das negociações; Jessica Barbosa Lemes; Sandra Rui e Edmilson Rosa.
Para o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Claudinho Serra “possui as variadas e robustas frentes de apoio mais evidenciadas nas novas provas obtidas na 4ª fase da Operação, com notória capacidade de ocultar valores e de se utilizar de terceiros para a prática de novos atos ilícitos, evidenciado pela sofisticação do esquema (...)”.
O advogado Tiago Bunning, que representa Claudinho Serra, disse que não teve acesso à denúncia. Marcio Sandim, que representa Carmo Name, preferiu não se manifestar, pois está analisando toda a documentação apresentada para elaborar a defesa.
4ª fase - A operação foi deflagrada pelo Gaeco com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.
Naquele dia, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e três de prisão em Campo Grande e Sidrolândia.
O esquema envolvia contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica, sendo apurado que a atuação da organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.