Mato Grosso do Sul lidera oferta de serviços de telemedicina no Centro-Oeste
A área utiliza a tecnologia para otimizar o atendimento e ampliar o acesso.
O Estado do Mato Grosso do Sul começa a virar referencia em atendimento de telemedicina consolidando-se como um dos estado mais avançados em Saúde Digital no país.
RESUMO
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Dados de monitoramento do Ministério da Saúde mostram que o território sul-mato-grossense é o único da região a garantir cobertura de telessaúde em 100% de seus municípios, um resultado ainda mais expressivo ao considerar que o Centro-Oeste já apresenta o melhor índice nacional, com 61% de cobertura.
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A telemedicina é uma prestação de serviços de saúde à distância, utilizando tecnologias de informação e comunicação para realizar atividades como consultas, orientações e exames.
Ela abrange diversas modalidades, como a teleconsulta e o telediagnóstico, com o objetivo de ampliar o acesso à saúde e otimizar o atendimento.
Segundo o Ministério da Saúde, o avanço do Centro-Oeste o coloca como a macrorregião mais estruturada do país em telessaúde, e Mato Grosso do Sul impulsiona esse desempenho.
Em evento no mês de novembro, conforme publicado em reportagem do Campo Grande News, o governador do Estado, Eduardo Riedel (PP), pediu apoio dos prefeitos à telemedicina para reduzir custos na saúde.
O apelo foi feito durante o 3º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, aos prefeitos presentes, para que apoiassem e incentivassem a telemedicina como ferramenta estratégica para ampliar o acesso à saúde e reduzir custos.

Riedel explicou que a telemedicina permite um diagnóstico precoce, evitando que casos de saúde se agravem no futuro, e citou convênios firmados com o Hospital Albert Einstein e a Fundação Oswaldo Cruz para ampliar a utilização dessa modalidade em várias áreas de diagnóstico. Para 2026, estão previstos R$ 26 milhões em investimentos nesse setor.
O Governo do Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), coordena a implantação dos serviços junto aos 79 municípios. Para a secretária adjunta de Estado da Saúde, Crhistinne Maymone, o avanço significa acesso qualificado onde antes havia barreiras geográficas.
“Esse resultado reflete nosso compromisso estratégico em garantir que cada cidadão, mesmo nas áreas mais distantes, tenha acesso rápido e qualificado ao atendimento. A tecnologia é uma ferramenta essencial para promover a equidade no SUS”, afirma.
O avanço tecnológico enfrenta desafios como conectividade, integração de sistemas e padronização de informações. Ainda assim, a estrutura digital vem ganhando força.
“Desenvolvemos plataformas que conectam serviços essenciais, garantindo transparência e agilidade”, destaca Marcos Espíndola de Freitas, coordenador de Tecnologia de Informática e Informação da SES.
Impacto - O crescimento da estrutura digital pode ser medido nos números. De acordo com o Governo do Estado, entre 2022 e 2025, o volume de eventos de telessaúde e telemedicina registrou aumento superior a 370%.
O maior salto está no TeleECG (Telediagnóstico em Cardiologia), que alcançou 63.862 atendimentos em 2025, superando os 43.265 exames de 2023 e os 58.984 de 2024 — um marco de resolubilidade que qualifica o atendimento em tempo oportuno.
A rede também registrou 13.030 atendimentos de Teleinterconsultas somente em 2025 no serviço NTS - DigSaúde/Fiocruz - Einstein, reforçando o suporte especializado às unidades básicas de saúde.
A expansão dos serviços tem efeito direto sobre as filas de regulação para especialidades. A telemedicina permitiu resolver casos antes represados:
Neurologia Pediátrica: 6.394 pacientes atendidos após saída da fila;
Oftalmologia (Catarata): 5.096 pacientes atendidos.
Além disso, 14 municípios já zeraram ou reduziram drasticamente solicitações de especialidades em espera por meio de teleatendimentos, entre eles: Caracol, Aquidauana, Pedro Gomes, Brasilândia, Coxim, Fátima do Sul, Angélica, Anastácio, Deodápolis, Rio Negro, Sidrolândia, Selvíria, Vicentina e Bandeirantes.


