Prefeitura e sindicatos chegam a acordo sobre redução de gratificações
Decreto será publicado com validade até fevereiro de 2026, atendendo aos servidores
Após intensas negociações entre representantes das categorias de saúde e a Prefeitura de Campo Grande, o impasse sobre a redução das gratificações de plantões foi parcialmente resolvido. Durante a sessão desta quinta-feira (4) na Câmara Municipal, ficou definido que um novo decreto será publicado até amanhã, com a estipulação de uma temporalidade até fevereiro de 2026, atendendo aos pleitos dos servidores.
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A decisão é resultado da pressão exercida pelos sindicatos da saúde, especialmente o Sinmed (Sindicato dos Médicos) e o Sioms (Sindicato dos Odontólogos), que alegaram que o corte nas gratificações de plantões nos finais de semana e feriados gerava prejuízos significativos para a categoria.
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O decreto anterior, que reduzia em 10% o pagamento extra aos servidores, causou insatisfação generalizada entre os trabalhadores da saúde. O Sinmed, inclusive, já havia aprovado um indicativo de greve com um ultimato de 10 dias, que expiraria no próximo dia 5 de dezembro.
David Chadid Warpechowski, presidente do Sioms, explicou durante a sessão que havia uma expectativa por parte dos sindicatos de que o decreto fosse alterado para incluir uma data de término. "A prefeitura entendeu que, se o decreto tivesse uma data de término definida, os servidores poderiam aceitar a redução temporária", afirmou. A data limite acordada para o fim da medida é fevereiro de 2026.
O vereador Jean Ferreira (PT), que liderou as discussões na Câmara Municipal, ressaltou que a revogação total do decreto ainda é uma possibilidade, mas que, no momento, a prioridade é aceitar a versão temporária até fevereiro. "Caso o sindicato ainda concorde com essa alteração, estamos dispostos a buscar novas soluções depois desse período", disse.
A medida impacta diretamente as gratificações dos plantões de médicos, odontólogos, enfermeiros e outros servidores da saúde que atuam em finais de semana, feriados e pontos facultativos. Antes da redução, os profissionais recebiam 20% de adicional nas horas extras de plantão. Com o decreto, esse valor caiu para 10%, o que gerou uma grande insatisfação entre os trabalhadores.
"Isso afeta diretamente o nosso salário", afirmou Warpechowski, destacando que muitos odontólogos e médicos dependem desses adicionais para compor a renda mensal. O sindicato representativo estima que mais de 200 odontólogos atuam na escala de plantões na cidade e que a redução nas gratificações traria sérios prejuízos financeiros à categoria.
O vereador Beto Avelar (PP), líder da prefeita Adriane Lopes (PP) na Câmara, ressaltou que a administração municipal já reconheceu a necessidade de estabelecer uma data final para a vigência do decreto e que a mudança atende parcialmente aos anseios dos sindicatos. "Com a publicação do novo decreto com a data de término, esperamos que a categoria se sinta contemplada", afirmou.
Apesar do acordo temporário, ainda há expectativa de novas discussões sobre a revisão das condições de trabalho para os servidores da saúde após o término do prazo estabelecido. Para os sindicatos, a luta continua, e a negociação com a Prefeitura não está completamente encerrada.
O novo decreto tem previsão de ser publicado até sexta-feira (5) e terá validade até fevereiro de 2026, conforme acordado com os sindicatos. O foco agora é garantir que a medida seja eficaz na melhoria das condições de trabalho dos servidores, ao mesmo tempo em que atende à justificativa fiscal da Prefeitura. A expectativa é que, após esse período, novas discussões ocorram para avaliar a possibilidade de um novo ajuste nas gratificações.
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