MPF entra com ação para adiar outra vez concurso da PF
Provas já haviam sido adiadas em março por causa da pandemia, sendo remarcadas para domingo
Marcadas para acontecer no próximo domingo (23), As provas do concurso da PF (Polícia Federal) em todo o país podem ser suspensas se a Justiça Federal acatar pedido feito pelo MPF (Ministério Público Federal) em ação ingressada, segundo a promotoria, para proteger a saúde dos candidatos e profissionais envolvidos na seleção.
A grave situação da pandemia de covid-19 que persiste no Brasil é o motivador de tal preocupação do MPF, sendo esse também o motivo do adiamento da prova do mesmo concurso em 21 de março - na época, foram remarcadas para maio.
De acordo com o porta UOL, o Ministério Público indica em sua petição que existe a possibilidade de haver aglomerações no concurso, a exemplo do que ocorreu em outros processos seletivos também organizados pelo Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos).
O concurso oferece são 1,5 mil vagas para os cargos de escrivão, agente, delegado e papiloscopista da Polícia Federal, sendo que há 321.014 inscritos de olho nessas vagas, gerando risco de "alastramento em larga escala do vírus", diz o MPF.
No manual do candidato, divulgado pelo Cebraspe, foi admitido a possibilidade de pessoas com sintomas da covid-19 realizarem a prova, em sala especial juntamente com outros que apresentem situação semelhante - febre e outros.
O procurado Oscar Costa Filho, responsável pela ação, considera que além de colocar em risco outros candidatos, a atitude colocoa em risco os funcionários, tratando os medidas ali como "extremamente danosas à saúde pública".
Na mesma ação que tenta barrar o concurso no próximo domingo, o MPF pede que os organizadores expliquem quais atos de biossegurança foram tomados em 9 de maio, quando ocorreu a primeira fase do concurso da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Ali, segundo a promotoria, também houve desrespeito às medidas sanitárias.