ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JULHO, TERÇA  22    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

MS dá início à construção de estratégia de acesso à justiça para povos indígenas

Primeiro seminário acontece em Dourados e marca o início de série de cinco encontros regionais

Por Jhefferson Gamarra | 22/07/2025 12:27
MS dá início à construção de estratégia de acesso à justiça para povos indígenas
Indígenas marcham ao Congresso com estátua da Justiça vestida com cocar (Foto: Divulgação)

O MPI (Ministério dos Povos Indígenas) inicia nesta quarta-feira (23), em Dourados, a 230 quilômetros de Mato Grosso do Sul, o primeiro de uma série de cinco seminários regionais que servirão de base para a construção da estratégia nacional de acesso à justiça para os povos indígenas. O evento será realizado na Faculdade Intercultural Indígena da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), e reúne lideranças indígenas, operadores do direito e representantes de instituições públicas.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Ministério dos Povos Indígenas inicia construção de estratégia nacional para acesso à justiça. O primeiro de cinco seminários regionais começa hoje em Dourados (MS), reunindo lideranças indígenas, operadores do direito e representantes de instituições públicas. O objetivo é criar diretrizes que respeitem as especificidades culturais e jurídicas dos povos originários, aperfeiçoando o acesso à justiça em casos civis, criminais e ações coletivas.A iniciativa percorrerá as cinco regiões do Brasil entre julho e setembro de 2025, culminando na apresentação da estratégia nacional durante a COP 30, no Pará. Os seminários abordarão marcos normativos e jurisprudenciais, desafios sociojurídicos regionais e o intercâmbio de experiências. O resultado será compilado em publicações e submetido à apreciação do Conselho Nacional dos Povos Indígenas.

A proposta do MPI é fomentar o diálogo e construir, de forma participativa, um conjunto de diretrizes que levem em conta as especificidades culturais, territoriais e jurídicas dos povos indígenas. A ideia é que, ao final dos encontros, seja formulada uma estratégia nacional que será submetida ao CNPI (Conselho Nacional dos Povos Indígenas).

O secretário-executivo do MPI, Eloy Terena, fará a abertura da programação às 8h30, participando da mesa “Acesso à Justiça e Povos Indígenas - marcos legislativos e jurisprudenciais”. Segundo ele, o objetivo é propor formas de aperfeiçoar o acesso à Justiça para os povos originários, abordando tanto litígios civis e criminais quanto ações coletivas, como as que tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal).

“Queremos entregar essa estratégia durante a COP 30, no Pará, junto com outras voltadas para mulheres indígenas, indígenas em contexto urbano, população indígena LGBTQIA+ e juventude indígena”, afirmou.

Ao todo, cinco seminários estão previstos: o primeiro no Centro-Oeste (MS), seguido pelas regiões Sudeste (RJ), Sul (PR), Norte (AP) e Nordeste (BA), entre julho e setembro de 2025. Cada encontro será estruturado com exposições teóricas e grupos de trabalho, para permitir um levantamento representativo das demandas regionais.

Entre os objetivos centrais da iniciativa estão: apresentar os principais marcos normativos e jurisprudenciais que impactam os direitos indígenas; identificar desafios sociojurídicos enfrentados nas diversas regiões; promover o intercâmbio de vivências e estratégias entre lideranças; e sistematizar as propostas em relatórios que subsidiarão a elaboração da estratégia nacional.

Como resultado, o MPI organizará publicações com base nos relatos dos seminários, experiências compartilhadas e propostas formuladas. Além do livro e cartilhas previstas, a estratégia final será submetida à apreciação do CNPI.