MS prevê ter 555 máquinas de hemodiálise, enquanto 233 esperam transplante renal
Em Campo Grande, Santa Casa realiza operações, mas ficou com o serviço parado até o início deste mês

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) de Mato Grosso do Sul informou em publicação feita nesta segunda-feira (16) que prevê o funcionamento de 555 máquinas de hemodiálise para atender pacientes da rede pública de todo o Estado até 2026.
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Mato Grosso do Sul planeja expandir o número de máquinas de hemodiálise na rede pública para 555 até 2026. Atualmente, 457 equipamentos estão em operação em hospitais como o HRMS e clínicas privadas conveniadas ao SUS. O objetivo é facilitar o acesso ao tratamento, evitando longos deslocamentos, principalmente para pacientes do interior do estado. Enquanto isso, 233 pessoas aguardam por transplante de rim no estado, a maioria homens entre 50 e 64 anos. A Santa Casa, em Campo Grande, realiza o procedimento, mas teve o serviço temporariamente suspenso este ano. O Hospital Adventista do Pênfigo está em processo de credenciamento para também realizar transplantes na capital. A SES está levantando informações sobre outros locais no estado onde o procedimento está disponível.
O procedimento é desgastante, pois exige que o paciente com doença renal passe cerca de três horas sentado ou deitado enquanto as máquinas fazem o trabalho de limpar e filtrar o sangue. A pressão arterial cai e ele pode sentir dores de cabeça e náuseas, por exemplo. É preciso fazer três sessões a cada semana.
Nos casos mais graves, a ajuda dos equipamentos não é temporária e a única saída da hemodiálise é o transplante de rim.
Fila - Em Mato Grosso do Sul, 233 pessoas aguardam pela compatibilidade de um doador para receber um rim saudável, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados hoje.
A maioria entre aqueles que precisam é do sexo masculino e tem entre 50 e 64 anos.
Em Campo Grande, a Santa Casa faz essas operações, mas chegou a suspender o serviço entre 10 de fevereiro e 2 de junho em razão da paralisação de profissionais do setor de urologia, que ocorreu em meio à crise financeira da instituição.
Além dela, a outra instituição habilitada no Estado é o Hospital Unimed de Campo Grande que, de acordo com a SES, possui convênio com o poder público para fazer transplantes de rim.
O Hospital Adventista do Pênfigo está em fase de credenciamento para ampliar a rede apta no Estado.
Reforço na hemodiálise - Mato Grosso do Sul tem 457 máquinas em operação atualmente, de acordo com a pasta estadual. Elas estão em hospitais como o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e também em clínicas privadas conveniadas com a Secretaria para atender pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A quantidade atual e a projetada para o ano que vem respondem ao desafio de deixar o atendimento mais próximo de quem precisa, explicou a SES. É comum pacientes de municípios do interior precisarem fazer uma longa viagem até a cidade onde os equipamentos estão disponíveis, o que torna o procedimento ainda mais desgastante.
O programa de expansão da hemodiálise já promoveu, segundo a pasta:
- Ampliação do número de máquinas nos municípios de Aquidauana, Coxim, Costa Rica, Bataguassu, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas;
- Implantação de novos serviços de hemodiálise nos municípios de Maracaju, Jardim e Nova Andradina;
- Nova habilitação em Campo Grande, com a entrada da clínica Davita Pantanal;
- Abertura de novo turno de atendimento em Bataguassu.
Matéria editada às 15h05 para adicionar informação enviada em nota da SES.
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