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Cidades

MS segue no topo, com a segunda maior taxa de feminicídios do País

Estado fica colado no Mato Grosso, com apenas 0,1% de diferença

Por Cassia Modena | 24/07/2025 11:38
MS segue no topo, com a segunda maior taxa de feminicídios do País
Casa onde mulher foi morta e espancada no Bairro Los Angeles, em Campo Grande, no fim do ano passado (Foto: Juliano Almeida/Arquivo)

Mato Grosso do Sul segue no topo dos índices nacionais de feminicídios. Divulgado nesta quinta-feira (24), o Anuário Brasileiro de Segurança Pública aponta que a taxa registrada no Estado em 2024 é a segunda maior do País.

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Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior taxa de feminicídios do Brasil em 2024, com 2,4 mortes para cada 100 mil habitantes do sexo feminino, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que apresentou taxa de 2,5. O estado também lidera a proporção de feminicídios entre os homicídios de mulheres, com 62,7% dos casos. Em comparação a 2023, houve um aumento de 15,7% no número de vítimas, saltando de 30 para 35 casos. O estado também registrou crescimento de 53,8% nas tentativas de feminicídio. Em 2025, até o momento, já foram contabilizados 18 casos, sendo quatro deles na capital, Campo Grande.

Foram 35 as vítimas em Mato Grosso do Sul no ano, o que representa uma taxa de 2,4 mortes a cada 100 mil habitantes do sexo feminino. Mato Grosso está um pouco à frente e lidera a lista com 2,5.

O cálculo da taxa de feminicídios é relevante porque mostra qual o alcance desse crime em estados pouco populosos em comparação ao panorama nacional, como é o caso de Mato Grosso do Sul.

Se considerada apenas a quantidade geral de mortes registradas com essa tipificação, a realidade no Estado ficaria ofuscada, já que São Paulo (253) e Minas Gerais (163), por exemplo, tiveram números absolutos bem mais elevados que os 35 em Mato Grosso do Sul.

Liderança - Além disso, Mato Grosso do Sul é o estado que teve a maior proporção de feminicídios dentre os homicídios de mulheres no Brasil: 62,7% foram crimes praticados em razão do gênero da vítima.

MS segue no topo, com a segunda maior taxa de feminicídios do País
Mulher veste camiseta da campanha "Feminicídio Zero", lançada em MS (Foto: Osmar Veiga/Arquivo)

A lista também traz o Distrito Federal, com taxa proporcional de 65,7%.

Em 2024, a Lei nº 14.994/2024 atualizou o feminicídio como crime autônomo, e não como qualificadora do crime de homicídio. Assim, é preciso considerar que alguns estados caminham nesse processo de distinção.

Aumento - Em relação a 2023, houve um aumento de 15,7% no número de vítimas de feminicídios no Estado. Ele saltou de 30 para 35.

Além disso, o percentual foi o maior do Centro-Oeste na comparação entre os dois anos. Na região, apenas Mato Grosso teve crescimento também, mas só de 0,5%.

Por outro lado, os feminicídios não consumados tiveram redução de -27,8 nos municípios sul-mato-grossenses, no mesmo período.

2025 - Os feminicídios no Estado já somam 18 entre 1º de janeiro e ontem (23). Campo Grande teve quatro.

Os demais foram registrados em Água Clara (1); Angélica (1); Caarapó (1); Cassilândia (1); Coronel Sapucaia (1); Corumbá (1); Costa Rica (1); Dourados (1); Glória de Dourados (1); Itaquiraí (1); Juti (1); Maracaju (1); Nioaque (1); e Sidrolândia (1).

Matéria editada às 11h50 para corrigir dado sobre os crimes não consumados.

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