MS sobe uma posição no ranking nacional de retorno dos impostos
Estado sobe para 14º lugar em índice que avalia a eficiência dos governos na aplicação dos tributos

Mato Grosso do Sul subiu da 15ª para a 14ª colocação no ranking do Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade), com pontuação de 166,17. O levantamento, feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), avalia o quanto os estados conseguem transformar os impostos arrecadados em qualidade de vida para a população, especialmente em áreas como saúde e educação. O estudo foi divulgado nesta terça-feira pelo jornal Folha de São Paulo.
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Mato Grosso do Sul avançou da 15ª para a 14ª posição no Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade (Irbes), alcançando 166,17 pontos. O estudo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, avalia a eficiência dos estados em converter impostos em qualidade de vida para a população. O Distrito Federal lidera o ranking com 182,33 pontos, beneficiado por uma das menores cargas tributárias do país (3,68%). O índice considera dois indicadores principais: a carga tributária sobre o PIB estadual e o Índice de Desenvolvimento Humano, com pesos de 15% e 85%, respectivamente.
Com carga tributária de 3,68%, uma das menores do país, o Distrito Federal lidera o ranking com 182,33 pontos. Também aparecem entre os cinco melhores colocados São Paulo (176,29), Rio de Janeiro (176,07), Santa Catarina (172,44) e Rio Grande do Sul (172,11), todos localizados nas regiões Sudeste, Sul ou Centro-Oeste, as mais ricas do país. A pesquisa considera apenas os tributos arrecadados pelos próprios estados, sem incluir os repasses federais.
Na outra ponta, estados com cargas tributárias mais altas, como Maranhão (9,03%), aparecem entre os piores desempenhos. O Maranhão ocupa a 27ª e última posição, com Irbes de 162,08. Pará, Alagoas, Bahia e Paraíba completam a lista dos cinco piores colocados.
Criado para medir a eficiência na aplicação dos tributos estaduais, o Irbes é calculado com base em dois indicadores: carga tributária sobre o PIB estadual (com peso de 15%) e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que representa 85% do índice final. A proposta é mostrar o quanto os estados conseguem converter arrecadação em serviços e bem-estar a população.
Segundo João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, os estados das regiões Norte e Nordeste enfrentam maior dificuldade de arrecadação por dependerem de economias menos diversificadas, baseadas em atividades primárias como agricultura e extrativismo, que geram menos impostos do que setores industriais ou de serviços.
A terceira edição do Irbes também mostra movimentações significativas no ranking. O Amazonas, por exemplo, saiu da última posição para o 22º lugar. Já o Pará caiu do 16º para o 26º lugar. Rondônia subiu da 26ª para a 18ª posição, e o Rio Grande do Norte passou do 19º para o 12º lugar. O Acre, por outro lado, caiu da oitava para a 15ª colocação.
Os dados utilizados são de 2022 e foram obtidos junto ao IBGE, Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O estudo é assinado pelos pesquisadores João Eloi Olenike, Gilberto Luiz do Amaral e Letícia Mary Fernandes do Amaral.
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