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Cidades

Mutirão do governo terá cirurgias para reparar orelhas de abano e mamas

Pacote de R$ 112 milhões em investimentos quer atender a demanda reprimida de 15 mil cirurgias eletivas

Anahi Zurutuza e Caroline Maldonado | 08/05/2023 17:20
Secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, no lançamento de pacote de investimentos do governo. (Foto: Juliano Almeida)
Secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, no lançamento de pacote de investimentos do governo. (Foto: Juliano Almeida)

O “Mais Saúde”, programa do Governo de Mato Grosso do Sul que está sendo lançando no fim da tarde desta segunda-feira (8), oferecerá procedimentos para corrigir orelhas de abano e reparar mamas. O pacote de R$ 112 milhões em investimentos quer atender a demanda reprimida de 15 mil cirurgias eletivas (sem emergência) em diversas especialidades e 42,5 mil exames.

De acordo com o secretário de Saúde, Maurício Simões Corrêa, um dos objetivos do programa é dar qualidade de vida a pessoas que por problemas estéticos sofrem bullying e depressão. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) foi notificada de 150 casos de adolescentes da Rede Estadual de Ensino que sofrem perseguições por causa da aparência e esses estudantes terão prioridade na fila das cirurgias plásticas que serão feitas durante o mutirão.

Maurício Simões esclarece que foram identificados casos de ginecomastia (condição que afeta os homens provocando o aumento descontrolado das mamas) e de jovens que possuem a malformação do pavilhão auricular. “Faremos então as cirurgias reparadoras das mamas em mulher que tenham necessidade de realizá-la, a correção das ginecomastias e a reparadora da orelha de abano”.

Secretário de saúde discursa ao lado do governador Eduardo Riedel (à direita) e do deputado Beto Pereira (à esquerda)
Secretário de saúde discursa ao lado do governador Eduardo Riedel (à direita) e do deputado Beto Pereira (à esquerda)

Pesquisa de satisfação – O secretário afirma ainda que outro diferencial do “Mais Saúde” será o acompanhamentos dos resultados. O governo quer medir a satisfação dos pacientes no pós-operatório.

“Diferente de anos anteriores, a gente quer fazer avaliação mais criteriosa dos resultados do programa. Não basta apenas oferecer a oportunidade do paciente realizar um procedimento seja diagnóstico, seja terapêutico ou cirúrgico. Temos de medir a satisfação dos pacientes. Essa talvez seja a grande novidade, grande evolução do programa deste ano em relação aos anos anteriores”.

A ação para zerar a fila será feita aos moldes do “Opera MS”, executado na gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Mais do pacote – Além do mutirão de cirurgias e exames, o governo pretende investir em reformas e ampliação de 17 hospitais no interior. São R$ 52 milhões em investimento nas cirurgias eletivas e exames, e ainda R$ 60 milhões repassados para a chamada atenção primária, que são os postos e unidades básicas de saúde.

O programa “Remédio em Casa”, que já está em ação, será ampliado e passará de 3 mil para 11 mil pacientes que receberão medicamentos de uso contínuo e bolsas de ostomia em casa. Os remédios são para pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes.

Ainda este ano, o governo pretende implementar a modalidade de telessaúde para 20 cidades de fronteira, possibilitando atendimento célere de pacientes com especialistas. Para casos mais complexos, o atendimento será em parceria com o Hospital Albert Einstein de São Paulo.

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