Onde estão seus parentes? Censo traz mapa de sobrenomes pelo Brasil
Lista do IBGE também mostra os 10 nomes mais comuns em todos os municípios brasileiros
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou hoje a segunda edição do levantamento "Nomes no Brasil", que traz os dados mais recentes sobre os nomes próprios e sobrenomes mais comuns nem municípios, estados e no País, atualizados a partir do Censo Demográfico de 2022.
RESUMO
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a segunda edição do levantamento "Nomes no Brasil", com dados atualizados do Censo 2022. A novidade desta edição é a inclusão dos sobrenomes, permitindo identificar sua distribuição geográfica no país. O sistema permite consultas detalhadas por gênero, período de nascimento e localidade. Silva é o sobrenome mais comum no Brasil, presente em 16,76% da população, com destaque para Sergipe, onde 43,38% dos habitantes o possuem. Maria e José continuam sendo os nomes próprios mais frequentes. O levantamento também inclui um mapa-múndi que permite comparar a popularidade de nomes em diferentes países, respeitando critérios de sigilo estatístico para proteção da privacidade.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, os clássicos ainda resistem: Maria, Ana, João e José, nada de novo, porque os dados contemplam a população em geral, não as modinhas que ganharam os cartórios recentemente. O divertido agora é que o sistema possibilita descobrir onde vivem seus parentes. A grande novidade nesta edição é a inclusão dos sobrenomes, permitindo um panorama ainda mais completo sobre a distribuição pelo Brasil.
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Basta clicar aqui e verificar onde há pessoas com o seu sobrenome e em que posição ele fica no ranking nacional.
O site Nomes no Brasil permite que os usuários consultem os dados de forma detalhada, organizados por gênero, período de nascimento, e até pela letra inicial dos nomes. Além disso, é possível gerar rankings de nomes e sobrenomes de acordo com a localidade, seja no Brasil, em unidades da federação, ou em municípios específicos. Essa funcionalidade proporciona uma visão aprofundada da prevalência de certos nomes em diferentes regiões.
Há inclusive o "Jogo dos Nomes", para você descobrir em que região do País as pessoas foram mais batizadas como você.
Outro item é de curiosidades. Segundo o Censo 2022, há mais de 140 mil nomes próprios e mais de 200 mil sobrenomes diferentes no Brasil. No site é possível saber detalhes sobre eles. Dom Pedro II, por exemplo, tinha 14 sobrenomes:
Os 10 momes mais famosos de MS
Em Campo Grande, há uma maior diversidade de nomes mais modernos, com destaque para Ana e Júlia, enquanto Maria domina em Mato Grosso do Sul, refletindo uma tendência mais tradicional.
Entre os homens, João, José, Luiz, Pedro e Antônio, são os mais comuns, se alternando entre as primeiras colocações ao longo dos anos.
Veja o ranking:
Sobrenomes no topo do ranking no Estado
Em relação aos sobrenomes, o nome Silva é, de longe, o mais comum tanto na Capital, quanto no Estado. É um reflexo da grande quantidade de famílias brasileiras que carregam esse sobrenome, presente em todas as regiões do país.
Na comparação, o ranking é muito semelhante entre a Capital e o Estado, com diferença apenas nas últimas posições.
No Brasil
Entre os mais de 140 mil nomes próprios contabilizados no Brasil, Maria e José mantêm sua hegemonia no topo do ranking, conforme já registrado na edição de 2010 do Censo. Silva lidera os registros de sobrenomes, presente em 16,76% da população brasileira, mostrando a continuidade de sua forte presença no país.
Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento no IBGE, responsável pelo projeto, destaca que a versão anterior do site, lançada em 2016, foi um sucesso absoluto de público. Agora, com a atualização dos dados do Censo 2022, a plataforma oferece ainda mais possibilidades de exploração, permitindo uma análise mais rica sobre a dinâmica de nomes no Brasil.
Ao consultar os dados do levantamento, algumas curiosidades interessantes podem ser observadas. Por exemplo, em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), 22 a cada 100 pessoas têm o nome Maria, representando 22,30% e 22,21% da população dessas cidades, respectivamente. Já em Santana do Acaraú (CE), Ana é um nome comum, com 1 em cada 10 pessoas (10,41% da população) sendo chamada assim.
Quando se trata de sobrenomes, Silva aparece com destaque, com 43,38% da população de Sergipe tendo esse sobrenome. Em Alagoas e Pernambuco, mais de um terço da população dos dois estados (35,75% e 34,23%, respectivamente) também possui "Silva" em seu registro.
Além dos dados sobre a popularidade de nomes e sobrenomes, o site também revela as tendências de nomes ao longo das décadas. Alguns nomes, como Osvaldo e Terezinha, mostram um declínio no uso ao longo do tempo, com idades medianas de 62 e 66 anos, respectivamente. Já os nomes Gael e Helena estão em ascensão, com idades medianas de 1 e 8 anos, respectivamente, refletindo a mudança nas preferências de nomeação.
Nomes no Mundo
Outra novidade do site é o mapa-múndi "Nomes no Mundo", onde é possível explorar os nomes e sobrenomes mais comuns em diferentes países. A ferramenta permite comparar a popularidade de certos nomes no Brasil com os dados internacionais. Por exemplo, ao selecionar China, é possível descobrir que o sobrenome Wang é o mais comum, com 1.513 pessoas registradas com esse sobrenome no Brasil. Na Bolívia, os nomes mais frequentes são Juan e Juana, com 67.908 e 3.113 registros no Brasil, respectivamente.
Nomes mais com no Paraguai:
Nomes mais comuns na Alemanha:
Para garantir a proteção da privacidade dos indivíduos, o IBGE adota sigilo estatístico, o que significa que dados de nomes ou sobrenomes com menos de 20 registros em todo o país podem ser ocultados. Além disso, informações específicas sobre a distribuição geográfica de certos nomes só serão divulgadas quando houver uma quantidade mínima de registros, como mais de 15 incidências por unidade da federação e 10 por município.
O levantamento Nomes no Brasil tem como base as listas de moradores de domicílios registrados no Censo Demográfico de 2022, realizado em 1º de agosto daquele ano. A pesquisa considera o primeiro nome informado de cada pessoa e a frequência dos sobrenomes, sem levar em conta a ordem de como foram registrados. Também são levadas em conta variações de grafia dos nomes, como Ana e Anna, além de outros ajustes como a ausência de sinais diacríticos em nomes como Antônio e Luís.
O projeto oferece uma visão detalhada de como os nomes e sobrenomes estão distribuídos no Brasil, revelando não apenas os nomes mais populares, mas também suas variações e tendências ao longo do tempo e em diferentes regiões do país.








