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Cidades

PCC planejava resgatar líderes de presídios federais

Polícia Federal garante que uma rede de comunicação foi montada, envolvendo advogados e presos

Viviane Oliveira | 10/08/2022 07:35
Fachada da Penitenciária Federal em Campo Grande (Foto: arquivo / Campo Grande News) 
Fachada da Penitenciária Federal em Campo Grande (Foto: arquivo / Campo Grande News)

Com três mandados de prisão em Mato Grosso do Sul, a Operação Anjos da Guarda foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (10) contra um plano de resgate de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) presos nas penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO).

Segundo a Polícia Federal, o plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Campo Grande (1 mandado de busca e apreensão), Três Lagoas (1 de mandado de busca e apreensão e 1 de prisão), São Paulo, Santos e Presidente Prudente.

Segundo o jornal a Folha de São Paulo, entre os presos que seriam resgatados estão lideranças da facção como Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Cláudio Barbará da Silva, o Barbará, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido.

De acordo com as investigações, além do resgate dos presos, a organização criminosa pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de criminosos, dentre outras ações, tipo de "plano" que já foi alvo de operações em anos anteriores.

Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.

A operação foi batizada de “Anjos da Guarda” em referência aos servidores da segurança pública que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos. A ação conta com o apoio do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

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