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Cidades

Pipas geraram corte de energia a quase 80 mil clientes neste ano em MS

No ano passado, 129 mil unidades consumidoras foram afetadas por causa de problemas com pipas

Liana Feitosa | 24/07/2022 09:49
Técnico da concessionária de energia realiza retirada de rabiola de pipa enroscada em fiação elétrica. (Foto: Paulo Francis)
Técnico da concessionária de energia realiza retirada de rabiola de pipa enroscada em fiação elétrica. (Foto: Paulo Francis)

De janeiro a junho deste ano foram registradas 119 ocorrências de corte de energia por causa de pipas, também conhecidas como pandorgas ou papagaios, que caíram em redes energizadas de Mato Grosso do Sul deixando 78 mil clientes sem fornecimento de energia temporariamente. Para conscientizar a população sobre os problemas de soltar pipa próximo a cabos de energia, e também efetuar a retirada de rabiolas, linhas e pipas, a Energisa percorreu ruas do bairro Portal Caiobá, em Campo Grande, neste domingo (24).

No ano passado, 186 ocorrências desse tipo foram registradas no Estado pela concessionária, afetando 129 mil unidades consumidoras que tiveram o fornecimento de energia temporariamente interrompido devido a problemas causados por pipas.

Período de ventos - As ações fazem parte do trabalho de prevenção da concessionária para evitar acidentes envolvendo cabos de energia. “Esse trabalho é intensificado principalmente no período de pipas, quando o vento é mais constante, entre julho e agosto. Nessa época, as equipes percorrem os bairros mais críticos na cidade e fazem o trabalho de retirada das pipas, linhas e rabiolas”, explica o coordenador de construção e manutenção da Energisa, Diego Souza.

Os profissionais realizam não só a retirada das pipas, mas também fazem trabalho de conscientização da população e das crianças para evitar o uso de cerol e da linha chilena, além de orientá-los a procurar um local seguro para usar o brinquedo.

Diego Souza, coordenador de construção e manutenção da Energisa. (Foto: Paulo Francis)
Diego Souza, coordenador de construção e manutenção da Energisa. (Foto: Paulo Francis)

De acordo com o coordenador, qualquer tipo de linha usada para soltar pandorgas pode gerar problemas. “Uma pipa enroscada na rede pode causar um curto-circuito que chamamos de arco-elétrico. De maneira bem resumida, significa que a população fica sem energia. A rede desliga e pode afetar uma parte significativa do bairro e até da cidade, dependendo da grandeza do evento”, detalha Diego.

“Já a linha chilena ou com cerol tem um fator agravante, que é o de cortar o cabo. Temos vários pontos aqui no Caiobá que a linha corta, o cabo vem ao chão simplesmente e pode causar um acidente”, completa. O fio das pipas ficam em atrito com o cabo de energia, que pode acabar se rompendo inesperadamente.

Ele explica que, quando isso ocorre, o cabo cai energizado e leva alguns segundos até que o sistema corte essa energia, por isso que o enrosco das estruturas das pipas representam perigo para a população, já que esse cabo pode cair sobre uma pessoa, um carro ou residência.

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