Polícia investiga se adolescente que tentou aborto apanhava de ex
Ela segue internada no Hospital Regional da cidade, enquanto o bebê está em estado crítico, mas estável na UTI do HU de Dourados
A Polícia está investigando se a adolescente de 17 anos, que tentou abortar o bebê de 25 semanas, em Ponta Porã, sofria violência doméstica por parte do pai da criança e se isso desencadeou a tentativa de aborto.
Ela segue internada no Hospital Regional da cidade, enquanto o bebê está em estado crítico, mas estável na UTI neo do Hospital Universitário de Dourados, para onde foi transferido na quarta-feira.
O delegado que investiga o caso, Fabrício Dias, afirma que a prioridade da Polícia foi prestar atendimento à mãe, e que nas conversas preliminares, ela disse dos episódios de violência. Moradora de outro Estado, ela saiu da casa do ex, que não teve a idade divulgada, e veio morar em Ponta Porã, com a família. A gravidez, ainda de acordo com a Polícia, teria sido descoberta depois da mudança.
"Ela alegou que sofria maus tratos por parte do ex-companheiro, que estava morando com ele e saiu de casa por isso, por estar sendo agredida fisicamente. Até então, ela não sabia da gestação e só foi tomar conhecimento tempos depois", explicou o delegado.
Para a Polícia, a adolescente disse que escondeu a gravidez, no entanto, não ficou detalhado quanto tempo levou entre a descoberta e a tentativa de aborto. "Essa violência que ela disse sofrer tem possibilidade de ter influenciado nessa decisão [do aborto]. Temos que avaliar se não desencadeou problemas em ela rejeitar essa criança", ressalta o delegado.