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Policial aposentado é condenado com mais 6 por comércio ilegal de armas

As penas de sete réus chegam a 52 anos de prisão; havia até venda de itens restritos

Por Lucia Morel | 27/05/2025 19:41
Policial aposentado é condenado com mais 6 por comércio ilegal de armas
Uma espingarda calibre. 22 aprendida na operação em julho de 2021. (Foto: Reprodução)

Quadrilha liderada por policial militar da reserva foi condenada por comércio ilegal de armas pela Justiça. As penas de sete réus, somadas, chegam a 52 anos de prisão. O policial aposentado, João Clarindo da Silva, de 65 anos, foi penalizado em 12 anos e seis meses de prisão em regime fechado. As penas são resultado da Operação Pane Seca, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em Dourados, em julho de 2021.

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Uma quadrilha especializada no comércio ilegal de armas, liderada pelo policial militar aposentado João Clarindo da Silva, foi condenada pela Justiça em Mato Grosso do Sul. As penas somadas dos sete réus totalizam 52 anos de prisão, sendo que o líder recebeu sentença de 12 anos e seis meses em regime fechado. O grupo foi desarticulado durante a Operação Pane Seca, realizada pelo Gaeco em Dourados, em 2021. As investigações, iniciadas em 2019, revelaram um esquema de venda de armamentos e munições, inclusive de uso restrito. Durante a operação, foram apreendidas diversas armas, munições e mais de R$ 60 mil em dinheiro.

Os demais envolvidos são Cedário Sarat Sanguina, 49 anos; Darci Held, 77; Henrique de Oliveira Recalde, 34 anos; Marco Antônio Torres Almeida, 36; Eder Lucas Ramos Poloni, 36; e Ueverton Guarizo, 31. Outros dois réus - Valdecy Cardoso de Souza e Gilmar Pelo de Melo - foram absolvidos.

Segundo a denúncia da época, o grupo realizava a venda ilegal de armas e munições, inclusive de uso restrito. O caso começou a ser investigado em 2019, quando Henrique de Oliveira foi preso pela primeira vez com arsenal em casa, e depois, descobriu-se que o dono do armamento era João.

“Essa engrenagem de pessoas e interesses é coordenada por João Clarindo da Silva, Policial Militar da reserva do Estado de Mato Grosso do Sul, sob a patente de 3° Sargento, homem que detém influência superior sobre os demais integrantes do grupo. Instalado na cidade de Dourados/MS, atua como uma espécie de fornecedor de armas próprias e revendedor de armamento de terceiros, para "clientes" de inúmeras localidades, cooptados por ele e pelos demais integrantes do grupo”, diz a denúncia.

Policial aposentado é condenado com mais 6 por comércio ilegal de armas
Parte das armas apreendidas no dia da operação. (Foto: Reprodução)

As penas para cada um foram: 12 anos para Cedário Sarat Sanguina; três anos de reclusão a Darci Held; Henrique de Oliveira Recalde foi condenado a  três anos e sete meses; Marco Antônio Torres Almeida também teve pena de três anos e sete meses; Eder Lucas Ramos Poloni a 15 anos; e Ueverton Guarizo a três anos de reclusão. A pena de Eder foi maior porque as armas de fogo apreendidas com ele eram de uso proibido ou restrito.

Segundo a sentença, “as interceptações telefônicas e os dados colhidos nos aparelhos celulares apreendidos com os envolvidos, tem-se elementos suficientes de que Eder não só fazia do comércio ilegal de armas de fogo seu modus vivendi, como possuía estreita ligação com os demais réus, integrando a organização criminosa ora apurada”.

Operação - “Pane Seca” é um tipo de pane frequente em armamentos. A operação ganhou esse nome por analogia a seu objetivo, que é emperrar o sistema criminoso de comércio ilegal de arma de fogo e munições, que havia se estabilizado na região entre as cidades de Dourados, Douradina e Tacuru.

No curso da operação foram realizadas quatro prisões em flagrante e apreendidos: 1 espingarda calibre. 22; 1 revólver cal.38; 1 revólver cal.357; R$ 60.294,00 em dinheiro; 1 espingarda artesanal; 1 tablete de maconha; 60 munições cal.22; 7 munições. 38; 16 munições cal.357; 27 munições cal.32; 2 munições cal.12.

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