Predador sexual dirigia cenas e fez imagens de adolescente de 16 anos em MS
Vítima é moradora de Aparecida do Taboado e foi identificada em laudo de 200 páginas

O predador sexual Ramiro Gonzaga Barros, 36 anos, preso suspeito de estuprar 163 crianças e adolescentes, diria cenas de pornografia infantil e fez imagens de uma jovem de 16 anos, moradora de Aparecida do Taboado, a 458 quilômetros de Campo Grande. O homem foi capturado no dia 21 de janeiro, por policiais de Taquara, no Rio Grande do Sul.
RESUMO
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Preso por suspeita de estuprar 163 crianças e adolescentes, Ramiro Gonzaga Barros, de 36 anos, dirigia cenas de pornografia infantil com uma jovem de 16 anos de Aparecida do Taboado (MS). A vítima, hoje com 24 anos, foi identificada através de laudo pericial. O suspeito dava ordens à vítima sobre enquadramento e ameaçava divulgar o conteúdo caso ela se recusasse. Barros foi preso em janeiro no Rio Grande do Sul. Ele abordava meninas em redes sociais, dava aulas em projetos sociais e tinha uma loja de animais exóticos frequentada por escolas. Mais de 750 arquivos foram encontrados em seus dispositivos eletrônicos. A polícia investiga a possibilidade de mais vítimas em outros estados. Barros utilizava perfis falsos para se aproximar das jovens e pedir vídeos íntimos.
Em entrevista ao Campo Grande News, na manhã desta quarta-feira (7), o delegado responsável pelo caso, Valeriano Garcia Neto, a vítima de Mato Grosso do Sul foi identificada através do laudo pericial de 200 páginas, feito pelo Instituto Geral de Perícias. A jovem atualmente com 24 anos, foi reconhecida na semana passada. “Ainda não conseguimos entrar em contato com ela”, disse.
Mais de 750 arquivos foram encontrados nos dispositivos eletrônicos do suspeito. Nas pastas com as imagens da adolescente, a polícia encontrou imagens de diversas formas.
“Ele acompanhava a vítima há muito tempo, eram imagens de dias diferentes. Ele dirigia a cena, ‘faz assim, mais perto, mais longe, enquadramento, distancias’’, explicou Valeriano, acrescentando que quando a adolescente se recusava a obedecer às ordens, o suspeito ameaça compartilhar os conteúdos.
O delegado contou também que Ramires encontrava as meninas nas redes sociais, além disso dava aula em projetos sociais na região e tinha uma loja de animais exóticos que recebia visitações de escolas. “A loja está fechada desde o dia da prisão. Os arquivos armazenados por ele foram encontrados no computador da casa e no celular”.
Durante depoimento na delegacia, o homem preferiu ficar em silêncio. “Ainda estamos terminando de analisar o laudo, porque é extenso e complexo, mas não descartamos a possibilidade de mais vítimas em Mato Grosso do Sul e em outros estados”, concluiu.

Investigação - Conforme divulgado pelo UOL, Ramiro se aproximava das jovens utilizando perfis falsos nas redes sociais. Ele fingir ser uma menina mais jovem e pedia vídeos íntimos das garotas, criando amizade com as vítimas.
Na época dos crimes, as vítimas tinham entre 8 e 13 anos. Segundo a Polícia Civil, foram identificadas vítimas de ao menos sete estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Acre, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
As investigações apontam que Ramiro cometia os crimes há 16 anos e ameaça as vítimas após receber os primeiros vídeos íntimos delas. As imagens eram catalogadas em pastas. Mais de 750 arquivos foram encontrados nos dispositivos eletrônicos do suspeito.
As pastas eram classificadas por nomes ou apelidos, mostrou a análise do Instituto Geral de Perícias. Organização que facilitou o processo de identificação das vítimas, segundo a Polícia Civil.
Alguns dos estupros foram cometidos presencialmente, mostraram as investigações. A polícia informou que fez ao menos três pedidos de prisão preventiva contra o homem por casos de violência sexual contra menores de 13 anos. A defesa de Ramiro afirmou que só um mandado de prisão foi cumprido até o momento.
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