Laudo revela que caseiro tentou se defender de ataque de onça
Conforme o delegado responsável pelo caso, Luis Mesquita, Jorginho estava vivo no momento do ataque
Laudo preliminar sobre a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, indica que ele estava vivo e tentou se defender no momento em que foi atacado por uma onça-pintada, no Pantanal. À reportagem, o delegado responsável pelo caso confirmou, nesta semana, que fragmentos de ossos e cabelo foram encontrados nas fezes do animal.
RESUMO
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Laudo preliminar indica que caseiro do Pantanal tentou se defender de ataque de onça-pintada. O documento aponta lesões de defesa no braço da vítima, Jorge Ávalo, de 60 anos, compatíveis com o ataque de um animal silvestre de grande porte. Fragmentos de ossos e cabelo foram encontrados nas fezes da onça capturada na região, mas ainda não se pode confirmar se são humanos. O ataque ocorreu no dia 21 de novembro, em um pesqueiro no Pantanal. Um guia de pesca encontrou vestígios de sangue e pegadas de onça perto do rancho onde Ávalo trabalhava. A onça-pintada, de aproximadamente nove anos, foi capturada e está sob observação. Exames periciais estão em andamento para determinar a origem dos restos mortais encontrados nas fezes do animal.
Ao Campo Grande News, o delegado Luis Fernando Mesquita afirmou, nesta quarta-feira (7), que Jorginho – como era conhecido – tentou se proteger usando o braço. “Há uma lesão em membro superior, de defesa, com reação vital, compatível com ataque de animal silvestre de grande porte”, explicou.
Foram encontrados fragmentos de ossos e fios de cabelo nas fezes da onça-pintada que atacou o caseiro. Esse material foi recolhido um dia após a captura da onça na região do pesqueiro Touro Morto, em 25 de abril, e enviado para análise pericial.
Ainda não está definido quando será a conclusão dos laudos periciais. Segundo o delegado ainda não é possível afirmar se os vestígios são humanos. “São exames complexos e, neste caso, como se trata de algo muito sensível, estamos prezando pela qualidade do trabalho”, afirmou.
Caso - Jorge Ávalo foi atacado por onça-pintada nas primeiras horas da segunda-feira (21). A denúncia foi feita por um guia de pesca local, que havia se dirigido ao rancho para adquirir mel com o caseiro.
Ao estranhar sua ausência, encontrou vestígios de sangue e pegadas de animal silvestre de grande porte nas proximidades. As imagens foram enviadas à PMA e também circularam nas redes sociais. Verificou-se que a propriedade contava com sistema de câmeras de segurança, porém os equipamentos não estavam em funcionamento no momento do ocorrido.
Equipes da PMA de Corumbá, Miranda e Aquidauana seguiram até o local, acessível apenas por embarcação – com trajeto de cerca de duas horas a partir do porto de Miranda – ou por aeronave. No local, os policiais encontraram os vestígios e acionaram o GPA (Grupamento Aéreo da Polícia Militar) e a Polícia Civil, que transportaram o delegado e o perito criminal até o pesqueiro.

Boletim veterinário, divulgado nesta terça-feira (6), informa que a onça-pintada, de aproximadamente nove anos de idade, está consciente, ativo principalmente à noite, e consome toda a alimentação oferecida.
De acordo com o quinto boletim veterinário, a onça apresenta comportamento alerta e, pelas imagens divulgadas pelo governo do Estado, o felino se mostra reativo à presença humana.
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