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Meio Ambiente

Ainda reativa à presença humana, onça se recupera monitorada por vídeo

Destino do felino será decidido no início da próxima semana; animal segue em tratamento no Cras

Por Gabriela Couto | 02/05/2025 15:22

A onça-pintada que atacou o caseiro Jorge Ávalo, no Pantanal, segue em tratamento no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres). Conforme apurado com exclusividade pelo Campo Grande News, o animal está consciente, alerta e reativo à presença humana. O felino está sendo monitorado por vídeo e permanece estável.

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Onça-pintada que atacou caseiro no Pantanal se recupera em centro de reabilitação. Animal está consciente, reativo e com alimentação regular, mas ainda não passou por novo check-up para avaliar ganho de peso. O ICMBio definirá seu destino na próxima semana. O felino, um macho de aproximadamente nove anos, foi capturado após o ataque que resultou na morte do caseiro Jorge Ávalo, em Aquidauana. Exames iniciais revelaram baixo peso e alterações no fígado e rins. A onça segue em tratamento para gastroenterite e se locomove normalmente no recinto.

A reportagem também confirmou que o destino da onça-pintada será definido no início da próxima semana. No momento, várias opções estão sendo analisadas. Caberá ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) decidir o futuro do animal.

O macho, de aproximadamente 9 anos, tem consumido toda a alimentação deixada no recinto. No entanto, ainda não foram realizados novos exames para confirmar se houve ganho de peso. Para um novo check-up, será necessário anestesiar o felino novamente.

A onça segue ativa e se locomovendo normalmente no recinto, sem apresentar nenhuma dificuldade motora. O animal continua em tratamento contra a gastroenterite, inflamação que afeta o aparelho digestivo.

Desde que chegou, no dia 24 de abril, o macho passou por uma bateria de exames. Durante o check-up, foi confirmado que ele pesava apenas 94 kg, bem abaixo do normal para a espécie.

Além dos exames de sangue, o ultrassom abdominal revelou alterações agudas no fígado e nos rins, que, até o momento, não indicam insuficiência dos órgãos. Os resultados do material coletado apontaram alterações semelhantes às observadas no ultrassom, além de constatar um quadro de anemia leve.

Morte do caseiro - Conhecido como Jorginho, Jorge Ávalo trabalhava em pesqueiro da região de Touro Morto, em Aquidauana, há cerca de 20 anos. Segundo o irmão, costumava mandar fotos e vídeos mostrando onças-pintadas na área.

O caseiro desapareceu no dia 21 de abril, conforme relato de pescador que foi até o local comprar mel. Marcas de sangue e pedaços que seriam de carne foram encontrados no deck do pesqueiro. A PMA (Polícia Militar Ambiental) foi acionada e as buscas começaram.

O corpo foi encontrado no dia seguinte, pelo cunhado, amigo e um policial militar, em área distante 300 metros do ponto do ataque da onça. O grupo saiu e voltou com integrantes da PMA (Polícia Militar Ambiental) para retirada dos restos mortais.

O governo do Estado decidiu pela captura do animal. Especialista em felinos e integrantes da PMA colocaram armadilhas em volta do pesqueiro e conseguiram pegar a onça na madrugada do dia 24. O animal chegou em Campo Grande no mesmo dia e segue em tratamento, desde então.

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