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Cidades

Presos na 6ª fase da Omertà devem depor no Gaeco hoje

Advogados dos presos dizem que ainda vão elaborar linha de defesa para pedir soltura dos investigados

Silvia Frias | 03/12/2020 10:34
Equipes do Garras deixam casa de um dos alvos de mandados da operação (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)
Equipes do Garras deixam casa de um dos alvos de mandados da operação (Foto/Arquivo: Marcos Maluf)

Os presos da 6ª fase da Operação Omertà serão ouvidos hoje na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Os advogados ouvidos pela reportagem aguardam a tomada dos depoimentos e acesso aos autos para elaborar pedido de liberdade.

Ontem, na 6ª fase, denominada "Arca de Noé", equipes do Gaeco e do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), foram cumpridos cumpridos 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão na investigação do jogo do bicho em Campo Grande.

Entre os alvos da operação, a sede da empresa Pantanal Cap e a casa do deputado estadual Jamilson Name (sem partido).

O advogado Marcelo Radaelli, que defende Darlene Luiza Borges disse esta manhã que ainda teve acesso aos autos que determinaram a prisão preventiva dela, expedida pela 3ª Vara Criminal. Somente depois disso é que definiria a linha de defesa. Darlene, segundo apuração do Campo Grande News, seria a “gerentona” do jogo do bicho.

José Amilton de Souza, que representa outros cinco presos da Operação Omertà, também alega que não teve acesso aos termos da prisão dos clientes e iria acompanhar os depoimentos previstos para hoje no Gaeco.

A defesa da empresa Pantanal Cap está estudando a denúncia, teor que foi liberado por volta das 18h, segundo o advogado Rafael Silva de Almeida. Ontem, ficou acompanhando o cumprimento dos mandados de busca e apreensão e o lacre das atividades. “Estamos estudando melhor maneira de ser adotada [medida judicial]”.

O advogado disse que não há motivos para manter a interdição da empresa. “MP e Gaeco tentam lincar suposta participação de atividades do jogo do bicho,que é absurdo, não tem nenhuma ligação”, disse.

Investigação - A 6ªa fase da Operação Omertá, desencadeada nesta quarta-feira (2), foi denominada “Arca de Noé”, e teve o objetivo de cumprir 13 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca. A autorização judicial também determinou bloqueio de R$ 18 milhões nas contas de envolvidos nas investigações, segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

As infrações penais apuradas nesta fase referem-se a organização criminosa, exploração de jogo do bicho e lavagem de dinheiro.

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