Projeto de R$ 80 milhões criará novo espaço de lazer e turismo na orla do porto
Área hoje marginal terá uma transformação urbanística e inserção da comunidade local

Um dos projetos urbanísticos lançados pelo prefeito Gabriel Alves de Oliveira nos 100 dias de governo, a revitalização da orla portuária de Corumbá vai transformar um espaço hoje abandonado em uma área voltada ao ecoturismo, pesca, esportes e contemplação. A obra prevê a instalação de equipamentos de lazer e convívio, com temas inspirados na fauna e flora pantaneiras, com foco também na inserção da comunidade que vive no entorno.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A revitalização da orla portuária de Corumbá, anunciada pelo prefeito Gabriel Alves de Oliveira, transformará uma área abandonada em um espaço voltado ao ecoturismo e lazer, com um investimento de R$ 80 milhões. O projeto, que abrange cerca de 1 km da orla, incluirá equipamentos de lazer inspirados na fauna e flora pantaneiras, promovendo a convivência e o turismo local. A primeira etapa, com custo de R$ 7,3 milhões, será financiada pela Sudeco e parceiros privados, e contará com um embarcadouro, mirante, áreas de atividades físicas e espaços de convivência.
A proposta é inovadora, segundo a arquiteta Lauzie Xavier Salazar, diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, ao dar vida a uma área privilegiada, porém, não valorizada. A vista panorâmica permite contemplar o Pantanal, que se descortina na margem oposto do Rio Paraguai, a fronteira com a Bolívia e ainda o incomportável pôr do sol na captação de água da Sanesul, um dos cartões postais da cidade.

Hoje, é um espaço marginal, tomado pelo mato, lixo e ocupação desordenada. Com as intervenções, divididas em seis trechos, cerca de 1 km da orla será urbanizada e incorporada ao porto geral, que sofreu profunda reforma há cerca de 18 anos pelo Programa Monumenta. O projeto se estende do Centro de Convenções do Pantanal, onde funcionou o antigo cais do porto, à famosa Cacimba da Saúde, um minadouro que teria propriedades medicinais.
Primeira etapa - “Será um espaço para vivenciar a natureza, de promoção da convivência em um ambiente lúdico, estimulando o despertar e indagações nas pessoas sobre os elementos que compõem o lugar”, afirma a arquiteta, se referindo ao rio, a arqueologia nas encostas, o banho na cacimba, o modo de vida da comunidade, formada, em sua maioria, por pescadores. “Vamos fomentar o turismo, atrair as escolas e a própria população, melhorar a qualidade de vida local.”

O projeto todo vai custar R$ 80 milhões e o dinheiro será captado via emendas parlamentares e parceiros privados. Nesta primeira etapa, serão investidos R$ 7,3 milhões, recursos da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste). A obra se estende do Centro de Convenções à estrutura da captação de água, onde funcionam um pequeno bar e bancas de venda de peixe (em frente ao Moinho Cultural Sul-Americano), que ganharão uma nova e arrojada estrutura.
Corumbella - O espaço margeando o rio, chamado de Prainha Vermelha, hoje é um entreposto de chegada e saída de cargas do Pantanal, como o gado transportado pelos boieiros. A área com um novo desing será destinada apenas ao entretenimento e terá um embarcadouro (píer), rampa e uma praça. A antiga estrutura da captação de água será revitalizada, a pedido da comunidade, e transformada em um mirante para contemplação do ambiente em volta e o pôr do sol.

O projeto inclui pista de caminhada, arborização com espécies nativas, banheiros, áreas de atividades físicas, arquibancada, uma igreja ecumênica, playground, quadras de esportes, rampas para a prática de esportes radicais e aquáticos e iluminação especial. O novo espaço se integra ao Ecoparque da Cacimba, construído em 2013 e localizado próximo ao afloramento rochoso onde foi descoberto em 2017 a Corumbella, um fóssil com cerca de 540 milhões de anos.