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Cidades

Saúde pede envio de 30% mais doses de vacina para atender fronteira

Treze municípios estão na faixa de fronteira com o Paraguai e a Bolívia

Tainá Jara | 29/03/2021 15:51
Fronteira de Corumbá com a Bolívia (Foto: Divulgação\Governo do Estado)
Fronteira de Corumbá com a Bolívia (Foto: Divulgação\Governo do Estado)

A situação de fronteira levou a SES (Secretaria de Estado de Saúde) a solicitar ao Ministério da Saúde o envio de 30% a mais de doses de vacina contra a covid-19 para Mato Grosso do Sul. São 13 municípios localizados no limite entre Paraguai e Bolívia.

Conter a transmissibilidade da doença é o principal objetivo do pedido, pois, nestes locais é comum a transição de pessoas para os países vizinhos, seja para trabalhar ou para ter acessos a serviços de saúde, comércio e educação.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, explica que Mato Grosso do Sul tem especificidades que precisam ser levadas em consideração em relação à estimativa populacional prevista pelo PNI (Plano Nacional de Imunização), como o fato do Estado fazer fronteira com Paraguai e Bolívia.

“Nesses municípios a dupla nacionalidade faz com que recebamos paraguaios e bolivianos em nossas cidades fronteiriças, gerando um acréscimo populacional a ser imunizado, aquém da estimativa estabelecida pelo Ministério da Saúde, cuja situação resulta na escassez de imunizantes para ser aplicada nesse grupo excedente não previsto”, explicou Resende.

Um dos exemplos é o município de Ponta Porã, divisa seca, com a cidade de Pedro Juan Caballero - Paraguai, onde conforme dados estimados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), residem 93.937 habitantes, porém possuem em torno de 130.000 pessoas cadastradas no Sistema Nacional do SUS.

A diferença se dá devido a existência de brasileiros que residem na faixa de fronteira no país vizinho, bem como, a população flutuante de estudantes brasileiros de vários estados que residem temporariamente naquele município e no lado vizinho, para cursarem as universidades particulares paraguaias, devido ao baixo custo da mensalidade cobrada pelas mesmas.

Da mesma forma, ocorre na cidade de Corumbá-MS, onde estudantes brasileiros de vários estados, cursam faculdade na cidade fronteiriça de Porto Quijarro na Bolívia, e buscam por vacinação no território estadual.

Com o objetivo de atende a população excedente não prevista no PNI foi solicitado a ampliação do número de doses em 30% para os municípios de Corumbá, Ponta Porã, Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Antônio João, Bela Vista, Caracol e Porto Murtinho.

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