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Cidades

Sem fiança, Jamil Name agora precisa se livrar de duas prisões preventivas

Investigado e por isso preso preventivamente, também pesa contra empresário flagrante de arma e munições

Anahi Zurutuza e Aline dos Santos | 30/09/2019 10:20
Viatura do Garras, delegacia que conduziu a Operação Omertá junto com o Gaeco, chegando ao Fórum de Campo Grande, onde aconteceram audiências de custódia (Foto: Marina Pacheco)
Viatura do Garras, delegacia que conduziu a Operação Omertá junto com o Gaeco, chegando ao Fórum de Campo Grande, onde aconteceram audiências de custódia (Foto: Marina Pacheco)

Além de ter prisão preventiva decretada por consequência da Operação Omertà, na semana passada, Jamil Name ficará preso por posse de munições e espingarda. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (30) por David de Oliveira Gomes Filho, depois de ouvir o investigado. O juiz é titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, mas cumpre plantão nesta manhã nas audiências de custódia.

Preso preventivamente na sexta-feira (27), suspeito de chefiar milicia responsável por 4 assassinatos desde abril, Name também teve prisão em flagrante decretada porque a força-tarefa encontrou na cômoda do quarto dele um carregador de pistola Glock, com 17 cartuchos. As buscas ocorreram na casa do empresário e pecuarista, localizada em condomínio de luxo no Jardim São Bento.

Equipe esteve ainda no haras de Name, onde encontraram a espingarda calibre 12. Sobre a arma, o pecuarista disse à Justiça que “pode ter cedido” a um funcionário.

Nesta manhã, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva (por tempo indeterminado). Para que Name saia da cadeia, portanto, a defesa dele terá de derrubar agora as duas prisões.

O Campo Grande News apurou que para o juiz, embora o empresário tenha 80 anos, a prisão domiciliar, como pleiteava a defesa, não seria suficiente. David de Oliveira destacou ainda que por causa da idade, o preso merece atenção, mas deve continuar custodiado em presídio.

Presos na operação chegando ao Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande, onde Jamil Name está preso (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Presos na operação chegando ao Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penal de Campo Grande, onde Jamil Name está preso (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Audiências – Também foram ouvidos hoje Frederico Maldonado Arruda, de 56 anos, Elton Pedro de Almeida, de 52, Luiz Fernando da Fonseca, 53, e Arthur Cunha D’alecio, 30. Todos eles continuam presos.

Frederico, Luiz Fernando e Athur tiveram os flagrantes convertidos. Já Elton teve a liberdade provisória concedida sob fiança fixada em R$ 2.994, mas segue preso porque era uma dos alvos dos mandados de prisão expedidos para a operação.

Passam por audiências de custódia somente presos em flagrante delito. O objetivo é avaliar se houve alguma ilegalidade na prisão.

Omertà - A investigação da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) apontam que os alvos são integrantes de milícia especializada em execuções de inimigos. Os líderes do bando são os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, conforme as apurações iniciais.

Nesta sexta, equipes do Garras, Gaeco, Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e Batalhão de Choque foram às ruas para prender 23 pessoas, sendo 13 preventivamente e 10 temporariamente (prazo de 30 dias), além de 21 mandados de busca e apreensão.

As ações terminaram com 19 pessoas presas e a apreensão de computadores e R$ 160 mil em dinheiro, cheques em nome de terceiros, armas dos calibres 38, 22 e 12, munições, aparelhos celulares, inclusive os conhecidos como “bombinhas”, que são descartados após o uso.

Omertà é um termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do sul da Itália.

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