ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
DEZEMBRO, QUINTA  12    CAMPO GRANDE 32º

Cidades

Sem novos incêndios, Forças Armadas são retiradas do Pantanal

Militares atuaram no bioma em Mato Grosso do Sul em colaboração com combatentes do Estado

Por Cassia Modena | 12/12/2024 07:36
Foco de incêndio no Pantanal sendo combatido por homens do Exército, este ano (Foto: Divulgação/Exército)
Foco de incêndio no Pantanal sendo combatido por homens do Exército, este ano (Foto: Divulgação/Exército)

Em portaria publicada na edição de hoje (12) do Diário Oficial da União, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, determina a retirada de militares das Forças Armadas que trabalhavam no combate aos incêndios no Pantanal. A ordem vale a partir de 10 de novembro, mas foi oficializada mais de um mês depois.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Devido ao início do período de chuvas e à ausência de incêndios ativos em Mato Grosso do Sul, o Ministério da Defesa determinou a retirada de militares do combate aos incêndios no Pantanal a partir de 10 de novembro. Apesar de 2023 ter registrado um número recorde de hectares queimados no bioma (1,6 milhões em Mato Grosso do Sul, superando até mesmo 2020), o Corpo de Bombeiros planeja uma força-tarefa de 365 dias em 2024, com aumento no efetivo e bases operacionais.

Com o início do período de chuvas e cheias no bioma, só uma base militar está ativa e não há incêndios em combate em Mato Grosso do Sul, segundo informou o Corpo de Bombeiros ontem (11).

Em julho deste ano, ápice da crise, cerca de mil pessoas chegaram a enfrentar as chamas somente na parte do bioma que o Estado, segundo o governador Eduardo Riedel (PSDB). Entre elas, estiveram centenas de militares das Forças Armadas enviadas pelo governo federal para dar apoio ao trabalho.

Aves se alimentam de jacaré morto em área queimada no Pantanal (Foto: Alex Machado/Arquivo)
Aves se alimentam de jacaré morto em área queimada no Pantanal (Foto: Alex Machado/Arquivo)

O ano foi difícil para o bioma: em Mato Grosso do Sul, 1,6 milhão de hectares foram queimados entre 1º de janeiro e 11 de dezembro, segundo o Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações Satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro). A área superou até a afetada em 2020, pior ano para o Pantanal como um todo. Apenas no Estado, 1,5 milhão foram perdidos, de acordo com a mesma fonte – é esse o tamanho calculado, após atualizada a metodologia utilizada à época.

Fatores como a seca prolongada, mudanças climáticas e ações criminosas fizeram o fogo arder o Pantanal, devastando vegetação e matando animais queimados. Santuários como a Serra do Amolar não escaparam.

Superavião e fronteira - Além do efetivo, as Forças Armadas enviaram equipamentos, veículos e aeronaves para os locais de combate. A ferramenta mais notável foi o KC-390, um avião que possui caixa d'água capaz de armazenar 12 mil litros.

Avião cargueiro KC-390 das Forças Armadas em solo sul-mato-grossense (Foto: Bruno Chaves/Governo de MS)
Avião cargueiro KC-390 das Forças Armadas em solo sul-mato-grossense (Foto: Bruno Chaves/Governo de MS)

Militares das Forças Armadas também chegaram a ser enviados para a fronteira entre Mato Grosso do Sul e a Bolívia, em reação ao avanço dos incêndios do país vizinho para o lado brasileiro.

Ano que vem - Em entrevista coletiva realizada ontem (11), diretoria do Corpo de Bombeiros informou que a força-tarefa contra os incêndios florestais vai durar 365 dias no ano que vem.

Ao todo, 408 militares da corporação devem atuar, sendo 240 temporários e 168 novos soldados. As 11 bases existentes também estarão ativas, com quatro militares alocados em cada uma e uma viatura por equipe.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.




Nos siga no Google Notícias