Suspeita da varíola dos macacos na Bolívia deixa fronteira em alerta
Um jovem de 26 anos está isolado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com sintomas da doença viral Monkeypox, conhecida como varíola dos macacos. Como a cidade faz fronteira com Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá está em alerta monitorando o caso.
De acordo com o secretário municipal de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, estão sendo realizados testes no rapaz para confirmar se ele está infectado. Até o fim da manhã deste sábado (28), ainda não foram divulgados resultados.
“No entanto, toda a vigilância de fronteira, em âmbito municipal, estadual e nacional, estão em contato direto para que a gente possa ter uma maior segurança, de prevenção a saúde. Da mesma forma que trabalhamos na pandemia covid-19”, relatou.
Em nota, a SES (Secretaria Estadual de Saúde) afirmou que foi notificada pelo Ministério da Saúde em relação aos casos suspeitos em países vizinhos a Mato Grosso do Sul, mas que ainda não há confirmação de pacientes infectados com a varíola no Brasil. A secretaria ressaltou ainda que acompanha os casos junto ao Ministério.
Todos os municípios do Estado receberam comunicado de risco para a doença e foram alertados sobre os casos da varíola dos macacos pelo Cievs (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) e a Gerência Técnica Estadual de Saúde Única de Mato Grosso do Sul.
Varíola dos macacos - O primeiro caso da doença na América Latina foi confirmado ontem (27), na Argentina. Em comunicado, o país afirmou o paciente está estável e recebe tratamento para alívio dos sintomas.
Até o momento, foram identificados casos em 21 países, incluindo Espanha, Itália, Portugal, Reino Unido, Austrália, Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Holanda, Suíça, Suécia, Áustria, Israel, Dinamarca, Eslovênia, República Tcheca, Emirados Árabes Unidos e Finlândia.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), vacinas contra a varíola são 85% eficazes contra essa mutação. Já existe, inclusive, imunizantes disponíveis para a doença nos Estados Unidos, que são aplicadas em profissionais de saúde que tratam pessoas infectadas.