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Cidades

A mando da defesa, Puccinelli só fala de prisão após "certeza" de liberdade

Renê Siufi, um dos advogados do ex-governador, explica que orientação da defesa é que cliente não se manifeste até turma confirmar habeas corpus

Anahi Zurutuza | 20/12/2018 11:37
Renê Siufi, advogado de Puccinelli, ao deixar o Centro de Triagem Anízio Lima, na tarde de ontem, antes da soltura do cliente (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Renê Siufi, advogado de Puccinelli, ao deixar o Centro de Triagem Anízio Lima, na tarde de ontem, antes da soltura do cliente (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Por orientação da defesa, André Puccinelli (MDB) não vai se manifestar sobre os 5 meses na prisão ou a Operação Lama Asfáltica enquanto o STJ (Superior Tribunal de Justiça) não confirmar a liberdade dele e do filho. O ex-governador foi solto no fim da tarde desta quarta-feira (19) por força de habeas corpus.

“Ele não vai comentar nada até porque a decisão é liminar, não foi decidido o mérito ainda. É uma orientação da defesa”, afirmou ao Campo Grande News, o criminalista Renê Siufi, um dos integrantes da defesa de Puccinelli.

Siufi afirmou que não conversou com o cliente nesta manhã, mas tem notícias de que o ex-governador passa bem. “Eu não quis incomodar. Ele está em casa, com a família”.

André Puccinelli no banco de trás ao deixar o Centro de Triagem Anízio Lima nesta quarta-feira (19) (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)
André Puccinelli no banco de trás ao deixar o Centro de Triagem Anízio Lima nesta quarta-feira (19) (Foto: Liniker Ribeiro/Arquivo)

Trâmite - A concessão do habeas corpus foi assinada no dia 18 pela ministra Laurita Vaz e registrada ontem à tarde no sistema eletrônico do STJ, quando se tornou de conhecimento público. O conteúdo da decisão ainda não está disponível no processo, mas o Campo Grande News teve acesso (veja na matéria publicada hoje).

A ministra, que já havia negado liberdade a Puccinelli e ao advogado André Puccinelli Júnior, filho do ex-governador e que também foi preso em 20 de julho, decidiu revisar a decisão.

A decisão, contudo, é monocrática (após análise de apenas 1 magistrado) e tem de ser confirmada (ou não) por uma turma.

Laurita Vaz impôs a pai e filho medidas cautelares como a proibição de manter contato com os demais investigados e a suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica relacionada à prática delitiva.

A soltura aconteceu após diversas idas e vindas de pedidos de habeas  corpus apresentados à Justiça –rejeitados no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e no próprio STJ. O caso chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas acabou retirado pela defesa dos investigados.

Livres - Os dois deixaram o Centro de Triagem Anízio Lima, no Jardim Noroeste, na tarde de ontem, com destino ao apartamento do ex-governador, no Jardim dos Estados.

Na saída, Puccinelli não falou com os jornalistas. Na casa, a única a dar entrevista foi da filha do ex-governador. “Estou muito feliz e quero aproveitar para agradecer a todos que torceram pela gente. A família é nosso bem mais precioso, então hoje é o dia mais feliz do meu ano”, disse a médica Vanessa Puccinelli.

Puccinelli e Puccinelli Junior foram alvos da Papiros de Lama –5ª fase da Lama Asfáltica, que apurou o uso do Instituto Ícone como uma “poupança de propinas”, como classificou a investigação.

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