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Cidades

Atendimento no Hospital do Câncer é mantido após denúncias e prisão

Nadyenka Castro | 19/03/2013 18:19

Denúncias. Prisão. Corrupção. Tudo isso envolvendo a direção do Hospital do Câncer, em Campo Grande. Apesar de a situação ser grave, o atendimento aos pacientes está garantido. A garantia é de integrantes do Conselho Curador do Hospital do Câncer.

A partir de 2011, a pedido do Conselho, o MPE (Ministério Público Estadual) participa de reuniões do grupo e faz orientações. O resultado desse trabalho foram as denúncias do emprego de familiares do diretor-geral da Fundação Carmem Prudente, que administra a instituição, Adalberto Abrão Siufi ; pagamento de paciente morto e superfaturamento no pagamento.

A ação do MPE tem aproximadamente 600 páginas e pede o afastamento de Adalberto, que é alvo também de investigação do MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal). Os órgãos apuram esquema de corrupção envolvendo o HU (Hospital Universitário) de Campo Grande, Hospital do Câncer a clínica Neorad, que pertence a Adalberto.

Nesta terça-feira, a PF deflagrou a operação Sangue Frio, que resultou na apreensão de R$ 100 mil na casa do médico e de quatro armas de fogo. Como ele não tem autorização para estar com as armas, foi autuado em flagrante e solto após pagamento de R$ 30.510 em fiança.

Apesar da situação crítica, o empresário Carlos Alberto Moraes Coimbra, integrante do Conselho Curador, garante que os pacientes que já são atendidos pelo hospital e os novos não terão que procurar outro local para tratamento. “Os atendimentos não serão prejudicados”, disse.

De acordo com o conselheiro, caso a Justiça determine o afastamento da atual direção, o Conselho irá indicar novos nomes “isentos” e irá trabalhar para “um novo tempo” para o Hospital do Câncer. “As vezes é preciso acontecer essas coisas para estabelecer um novo tempo”, disse.

O “novo tempo” que o conselheiro se refere é de transparência nas finanças do hospital, contratação de profissionais e melhorar as condições de trabalho dos funcionários.

Sobre as doações que o hospital recebe, o empresário diz que, diante das denúncias, é normal a população ficar “incrédula” e “questionar.” Mas, Carlos Alberto ressalta que mudanças devem acontecer e que o hospital precisa do dinheiro doado. “O Hospital conta com ajuda da população. O Hospital conta e precisa das doações”. Ele finaliza dizendo que “os recursos serão bem empregados”.

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