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Capital

“São bichos, perversos e psicopatas”, diz pai do empresário Erlon Bernal

Graziela Rezende | 09/04/2014 11:57
Pai da vítima falou sobre a triste perda do empresário. Foto: Cleber Gellio
Pai da vítima falou sobre a triste perda do empresário. Foto: Cleber Gellio

Próximo dos autores que mataram o empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, desaparecido desde a terça-feira (1°), o pai da vítima esteve na Defurv (Delegacia Especializada de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos). No entanto, ainda muito abalado o comerciante Lino Bernal, 57 anos, não quis nem se aproximar dos acusados do crime.

”Eles são bichos, animais, perversos e psicopatas. Queremos também a Justiça dos homens para eles, que fiquem presos. Os governantes precisam fazer alguma coisa senão o próximo a ser morto serão os teus filhos. Estamos cansados de corrupção, crimes bárbaros e é por isso que no México, por exemplo, as pessoas se armaram e saíram para as ruas. Acho até que aqui está precisando de uma revolução dessas”, afirma o pai.

Sobre o grupo criminoso, ele ainda diz que são “bandidos muito organizados”. “Estava vendo o carro do meu filho e percebi que eles transformam totalmente o veículo para cometer os crimes. Ele estava de outra cor, com a roda transformada, placa trocada e tudo o mais. É uma casca do demônio que está no coração desse povo, deixaram uma família inteira estraçalhada e só Deus para me dar forças e estar aqui suportando esta tragédia”, comenta o pai.

Assim que recebeu a ligação do cunhado, informando sobre o desaparecimento do filho, o comerciante disse que “sentiu que jamais o encontraria”. “Eu pareço que já sabia que não o encontraria mais vivo, porém a esperança me dava forças. Agora estou com um sofrimento sentido na alma, com a minha família desesperada, com todo esse medo constante e sentimento de injustiça”, finaliza o pai.

Crime – Erlon saiu de casa às 14h da terça-feira (1°) para mostrar o carro a um suposto cliente, na avenida Interlagos, em frente a rotatória da Coca-cola. O bandido se mostrou interessado, porém comentou que precisava mostrar para uma tia, em uma residência, para “fechar o negócio”.

Na casa, no Bairro São Jorge da Lagoa, ele foi morto no quintal com um tiro na nuca e enterrado em um fossa séptica.

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