Ação do CCZ identifica escorpiões e atende cães e gatos gratuitamente
Nesta sexta-feira, equipes da Coordenadoria de Controle de Zoonoses estarão no bairro atendendo a população

A triagem e a identificação de escorpiões são o destaque da edição desta sexta-feira (15) do programa “CCZ nas Ruas”, realizada no Bairro Coophasul, em Campo Grande. Das 8h às 11h30, equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) estarão na Associação de Moradores para receber exemplares levados pela população, identificar as espécies e orientar sobre medidas de prevenção.
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Campo Grande realiza triagem de escorpiões e oferece serviços de zoonoses no Coophasul. A ação visa mapear áreas de infestação e orientar a população sobre prevenção, especialmente durante o período chuvoso, com aumento de casos. Moradores podem levar exemplares para identificação e, se necessário, agendar visitas técnicas para controle. Além da triagem, o programa "CCZ nas Ruas" oferece vacinação antirrábica, testes de leishmaniose, avaliação para esporotricose e coleta de material para diagnóstico. Moradores elogiaram a iniciativa, mas sugeriram maior abrangência e horários mais flexíveis para atender trabalhadores. A procura por serviços como castração e vacinação demonstra a importância da ação para a saúde animal na comunidade.
Conforme o médico veterinário Cléber Galvão, supervisor do laboratório da CCZ, o trabalho é fundamental para mapear as áreas com maior infestação. “Já foram notificados muitos acidentes com escorpiões este ano na Capital. A intenção é que os moradores tragam os exemplares encontrados em casa. Fazemos a identificação e, quando necessário, agendamos visita técnica para controle no local”, explicou.
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Além da triagem, o CCZ reforça orientações para evitar acidentes, como tampar ralos, vedar frestas e manter portas bem fechadas. Essas barreiras físicas dificultam a entrada dos animais e são essenciais antes de aplicar qualquer produto para eliminação.
O escorpião amarelo (Tityus serrulatus), considerado o mais perigoso, e o Tityus confluens, mais comum na região, estão entre os que oferecem maior risco. O veneno pode causar desde irritações fortes até a morte, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
A ação no Coophasul também inclui serviços gratuitos como vacinação antirrábica de cães e gatos, testes rápidos para leishmaniose visceral canina, avaliação de gatos com suspeita de esporotricose e coleta de material para diagnóstico no laboratório móvel.
O auxiliar administrativo Antônio Edilton de Oliveira Dourado, de 57 anos, levou a cadela Toia, que está magra e tremendo, para consulta. Ele disse que no grupo de moradores do Bairro Azaleia, onde vive, quase não há relatos de escorpiões, mas defende mais ações do CCZ. “Esse serviço é muito importante, mas tinha que ter um trabalho mais ostensivo. Tem muito animal solto na rua. A gente cuida do nosso, mas outros ficam por aí, transmitindo doenças. E o horário é complicado: começa às 8h, vai até 11h30. Quem trabalha não consegue vir”, afirma.
A aposentada Guaraciema Delfim Coutinho, de 78 anos, chegou às 5h30 para garantir atendimento para Milu, sua cadela de oito meses. “Achei que começava às 7h, mas valeu a pena. Vim procurar castração para evitar doenças, porque já ouvi falar que pode prevenir câncer. E também não quero que ela tenha crias. Minha filha viu a reportagem e me avisou ontem à noite”, contou.
Auta de Oliveira Cardoso, de 77 anos, levou os três gatos, Raja, Luís e Maia, para agendar castração e vacinação. “Dois são machos, filhos de uma gata que apareceu, e vão fazer um ano. Eles fogem muito e não quero que peguem cria com a fêmea. Uma amiga comentou da ação, vim ver se era verdade e aproveitar para vacinar também. Lá em casa, felizmente, não tenho problema com escorpião”, disse.
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