Afeto entre campo-grandense e cão paraplégico comove a internet
Há 10 anos, Vinicius ajuda seu cão tetraplégico a fazer xixi e cocô 4 vezes ao dia, e esse momento viralizou

Entre tantas fotos e vídeos no Instagram de Vinicius Ferreira, um, em especial, rompeu a bolha e emocionou milhares de pessoas nos últimos dias. A imagem é simples: ele ajudando o cão Preto a fazer xixi e cocô. Um gesto repetido quatro vezes por dia, há dez anos, mas que, registrado e compartilhado, já soma mais de 650 mil visualizações.
RESUMO
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Campo-grandense emociona internautas com vídeo em que ajuda seu cão paraplégico. Vinicius Ferreira compartilhou um momento de sua rotina com o cão Preto, que soma mais de 650 mil visualizações. O gesto simples de ajudar o animal a fazer suas necessidades fisiológicas comoveu milhares de pessoas. Há dez anos, Vinicius resgatou Preto, atropelado e paralisado, em uma rodovia. Diante do diagnóstico, optou por dar ao cão uma vida feliz, adaptando-se à nova realidade. Hoje, Preto utiliza cadeira de rodas, passeia, interage com outros cães e esbanja alegria. A dedicação de Vinicius inspirou-o a se engajar na causa animal, incentivando a adoção de animais com deficiência. O próximo Encontro Nacional de Pets Especiais, em São Paulo, contará com sua participação.
Vinicius nasceu e cresceu em Campo Grande, no bairro Nova Bahia. Mesmo morando há 16 anos em São José dos Campos (SP), garante que mantém os laços: “Sou campograndense. Toda a minha história é aí. Vou pelo menos uma ou duas vezes por ano”, conta ao Lado B.
A história com o Preto começou de forma inesperada, em uma rodovia. “Achei que estava morto. Parei para tirar ele da pista, mas ele estava vivo e paralisado. Depois descobri que tinha sido atropelado no dia anterior”, relembra. O acidente quebrou a coluna do animal e o deixou paraplégico, com retenção urinária. O diagnóstico era duro, ou seria eutanasiado ou viveria para sempre precisando de ajuda para as funções básicas.
Vinicius não teve dúvidas. “Não hesitei. Quis dar uma vida feliz para ele. No começo foi muito difícil, mas hoje é rotina. Ele é a razão da minha vida. Me transformou em outro ser humano”, diz.
Preto, que deve ter cerca de 14 anos, vive como um “rezinho” no bairro. Passeia duas vezes ao dia com sua cadeirinha de rodas, interage com outros cães e é reconhecido por vizinhos que buzinam ao vê-lo. “As pessoas olham e falam ‘tadinho’. Tadinho por quê? Ele passeia, não sente dor e vive bem”, afirma o tutor.
O cuidado com o Preto aproximou Vinicius da causa animal, especialmente dos pets com deficiência. Ele integra o grupo “Família de Rodinhas”, com cerca de 200 tutores de animais especiais, e ajuda a organizar o Encontro Nacional de Pets Especiais, que será em outubro, em São Paulo. “Sempre incentivo as pessoas a adotarem o cão que ninguém quer, o idoso, o doente, o deficiente. Esse é o que mais precisa”, reforça.
Para o Preto, os últimos dez anos foram de adaptação, carinho e muita vida. Para Vinicius, foram também de transformação pessoal.
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