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Capital

Advogado questiona investigação e diz que empresa não tem relação com Proteco

Ricardo Campos Jr. | 11/07/2015 14:18
Lixo depositado no aterro sanitário de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Lixo depositado no aterro sanitário de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)

O advogado Ary Raghiant, que representa a Anfer Construções e Comércio Ltda, questiona as irregularidades levantadas pelo MPF (Ministério Público Federal) e PF (Polícia Federal) acerca da licitação para o aterro sanitário. Segundo ele, os inquéritos foram abertos pelos órgãos há três anos, mas só agora vieram a público com a operação Lama Asfáltica.

Raghiant afirma que a Anfer está há mais de 30 anos atuando em Mato Grosso do Sul e não tem qualquer relação com a Proteco, do empresário João Amorim, ou com a LD, que também ésão alvos da ação.

O dono da empresa, conforme o advogado, já foi ouvido e apresentou provas contestando as teses levantadas pela Procuradoria Federal. Inclusive foi ajuizada ação pedindo indisponibilidade de bens negada em duas esferas da Justiça Federal. “Se o MPF tivesse alguma razão, talvez eles tivessem conseguido indisponibilizar”, afirma.

“O dono da Anfer nem foi indiciado. Estão desconectadas essas acusações. Ele já prestou todos os esclarecimentos. A licitação tem etapas orientadas por uma lei e houve a classificação”, justifica Raghiant.

Esse inquérito do MPF, ainda segundo o advogado, sequer foi concluído. Paralelamente, foi aberta uma ação civil pública na esfera criminal, que também não teve desfecho.

Superfaturamento – O advogado desmente o uso de manta com espessura inferior. Segundo ele, houve um momento em que a obra ficou parada. A empresa forrou o local com a capa de metragem inferior apenas para proteger o que já havia sido feito.

“A manta era da empresa. A prefeitura não pagou por ele”, afirma. Ocorre que o responsável pela denúncia, ainda conforme Raghiant, cortou o material inferior e o usou de má fé.

Diante disso, o advogado critica até mesmo a operação da polícia, já que, segundo ele, as investigações que levaram a ela são velhas. “Estão fazendo um carnaval em um negócio que não tem novidade nenhuma”, relata.

Raghiant afirma ter pedido à PF cópia do inquérito para saber se existe algo diferente do que já havia sido apurado e que justifique as buscas e apreensões. "Qual é a urgência de uma medida dessa que não poderia ter sido feita há três anos. Tem algum fato novo? Eu preciso ter conhecimento”, conclui.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com o advogado de Amorim, Benecicto Figueiredo, mas não conseguiu falar com ele até a publicação dessa reportagem. A reportagem não encontrou ninguém da LD para comentar o assunto.

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