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Capital

Aeronáutica apura conduta de militar e pede acesso a processo sobre assassinato

Militar confessou assassinato da esposa no dia 4 de fevereiro; corpo só foi encontrado dois dias depois

Dayene Paz | 07/03/2022 16:05
Militar quando foi preso e levado para a Deam. (Foto: Kísie Ainoã)
Militar quando foi preso e levado para a Deam. (Foto: Kísie Ainoã)

A Aeronáutica, através da BACG (Base Aérea de Campo Grande), pediu acesso à documentação do processo sobre o assassinato de Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, de 22 anos. Segundo o documento, será aberto procedimento administrativo para apurar a conduta do sargento Tamerson Ribeiro Lima de Souza. Ele está preso desde 7 de fevereiro, quando confessou o assassinato da esposa Natalin.

O documento foi enviado ao juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, na última quinta-feira (3). Nele, a BACG afirma que precisa de acesso aos documentos, que ajudarão no processo administrativo instaurado. Tamerson está preso na Organização Militar, sob custódia da Base Aérea.

O sargento foi denunciado por homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, asfixia e feminicídio. A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) também o acusa de ocultação de cadáver.

Foto do casal postada por Natalin em rede social. (Foto: Reprodução / Facebook)
Foto do casal postada por Natalin em rede social. (Foto: Reprodução / Facebook)

Crime - O corpo foi encontrado na margem da BR-060, na saída para Sidrolândia, na tarde de 6 de fevereiro. Mas a investigação aponta que a jovem foi morta em casa. Tamerson alegou ter sido agredido pela esposa, que chegou embriagada e sob efeito de drogas. Para se defender, tentou segurá-la aplicando um golpe mata-leão e ela desmaiou.

Ele disse que a intenção não era matar e que tentou acordá-la, no entanto, percebeu que estava morta. Com medo de ser preso, Tamerson colocou o corpo no porta-malas do veículo e no outro dia, levou a filha, de 4 anos, para a escola com o corpo dentro do carro. Ele deixou a menina e depois seguiu para a rodovia e o jogou à margem, em meio a um matagal.

Em seguida, Tamerson foi até a Base Aérea e chegou a se encontrar com uma acompanhante para "desabafar", segundo ele. Não houve relacionamento sexual entre os dois e ele teria contado sobre seu relacionamento, sem mencionar que havia matado a esposa.

Prisão - Quando a polícia chegou na casa e o questionou sobre Natalin, o militar disse que a esposa havia ido embora. Também tentou despistar as amigas, respondendo as mensagens no celular se passando por Natalin. Tamerson chegou a dizer para a filha, antes do corpo ser localizado, que a mãe teria passado mal e morreu no hospital.

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