Agente penitenciário que matou em show será ouvido em junho
Nesta tarde, durante a segunda audiência sobre o caso, três pessoas foram ouvidas. Outras quatro devem prestar depoimento no mesmo dia em que o réu
O agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso será ouvido pela justiça daqui a dois meses, quando acontecerá a terceira audiência sobre a morte do pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em setembro do ano passado.
A segunda audiência sobre o caso aconteceu nesta segunda-feira (16), na sala da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Das oito testemunhas que seriam ouvidas nesta tarde, apenas três compareceram ao Fórum de Campo Grande, todas testemunhas intimadas pela defesa do agente penitenciário.
Entre elas, uma testemunha ocular do crime. Jovem - que terá o nome preservado - narrou que presenciou toda a briga, até o momento do tiro. Ela contou que Joseilton foi agredido com violência, que duas ou três pessoas tentaram separar a briga e segurar Adílson, mas sem sucesso.
“O rapaz que atirou estava levantando, quando o outro se soltou e foi para cima dele. Foi quando ouvi o tiro, demorei a perceber o que era, pensei que era o barulho do palco”, relatou. Dois amigos de Joseilton, uma agente penitenciária federal e um militar do exército, também prestaram depoimentos e descreveram o agente como uma pessoa tranquila, sempre disposta a ajudar os colegas.
Segundo o advogado do réu, José Roberto Rodrigues Rosa, nesta tarde faltaram duas testemunhas de acusação - ou seja, intimadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) - e quatro das intimadas pela defesa. “O MPE desistiu de uma das testemunhas e nós de outra, que seria o delegado responsável pelo inquérito, Paulo Henrique Sá”, explicou Rosa.
Por conta disso, terceira audiência do caso acontecerá na tarde do dia 20 de junho. Na data além das testemunhas que faltaram nesta tarde, Joseilton será ouvido pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.
“Os depoimentos estão colaborando com a linha da defesa. Provam que ele [Joseilton] apanhou muito. Se nem os amigos conseguiram segurar ele, imagina se ele tivesse tomado a arma do Joseilton, teria matado não só ele, mas atirado em outra pessoas ali”, defendeu Rosa.