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Capital

Na 1ª audiência sobre morte em show, emoção de mãe é o que marca

Primeira audiência do caso é realizada na tarde desta segunda-feira (5) no Fórum de Campo Grande

Guilherme Henri e Geisy Garnes | 05/02/2018 16:00
Marlene de Souza Silva Nascimento se emocionou no início da audiência (Foto: Paulo Francis)
Marlene de Souza Silva Nascimento se emocionou no início da audiência (Foto: Paulo Francis)

“Não quero que ele apodreça na cadeia. Só quero justiça porque não sinto ódio”, disse Marlene de Souza Silva Nascimento, mãe do pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, que foi assassinado durante show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, em novembro do ano passado.

A frase foi dita durante a primeira audiência do responsável pelo disparo, o agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, nesta tarde, no Fórum de Campo Grande.

Marlene lembrou que o filho comprou o ingresso para o show com três meses de antecedência e que todos estão todos chocados com o crime, pois segundo ela Adilson era tranquilo. "Não esperava passar por essa situação", lamenta.

Para audiência de hoje foram intimadas oito testemunha pelo MPE (Ministério Público Estadual) e dois para a assistência de acusação, mas duas não foram localizadas nos endereços.

Advogado José Rodrigues Rosa (Foto: Paulo Francis)
Advogado José Rodrigues Rosa (Foto: Paulo Francis)

Segundo o advogado do agente penitenciário José Rodrigues Rosa, hoje ele vai começar a construir a tese de legítima defesa, pois testemunhas e laudos afirmam que Joseilton foi agredido pelo pedreiro e outras três pessoas antes de atirar. "Todas as provas estão bem alinhadas com essa tese", afirma.

A advogada Erika Cristina Ratto – assistente da acusação - alegou que não acreditam em legítima defesa, nem na participação de uma terceira e quarta pessoa nas agressões.

Para ela, só estavam na fila do banheiro a vítima e o primo. “No momento do disparo a briga já havia parado e a reação dele foi desproporcional a agressão. Pelo treinamento que recebeu o agente deveria atirar para cima. Porque ir armado se foi ao show para comemorar o aniversário?”, disse a advogada.

O crime – O crime aconteceu no camarote do show de Henrique e Juliano, realizado no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês, no dia 24. Adílson foi assassinado com um tiro no peito, e Joseilton foi preso em flagrante logo depois, e disse que agiu em legítima defesa. A pistola ponto 40 usada por ele foi apreendida.

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