Agereg atribui dificuldades do transporte público à redução de passageiros
Em nota, a Agência afirma que houve uma mudança de hábitos dos usuários e que estimula a melhoria do serviço
Após a primeira oitiva da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, em que a especialista em mobilidade urbana Lúcia Maria Mendonça apontou a falta de fiscalização da prefeitura como o principal problema, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) atribuiu as dificuldades do transporte coletivo à “mudança de hábitos dos usuários”.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Agência reguladora culpa mudança de hábito de usuários por problemas no transporte público de Campo Grande. A Agereg atribui a queda no número de passageiros à migração para veículos próprios, aplicativos e bicicletas, impactando a receita das empresas e a qualidade do serviço. CPI do Transporte Público investiga problemas no setor. Especialistas apontam falta de fiscalização como principal problema, enquanto usuários reclamam de má conservação dos ônibus, infraestrutura precária e tarifa elevada. A comissão ouvirá representantes da Agereg, Agetran e Consórcio Guaicurus nas próximas semanas.
Em nota, a Agência afirmou que houve redução no número de passageiros e que isso se deve, principalmente, à migração para outros meios de locomoção, como a compra de veículos próprios, uso de aplicativos de transporte e bicicletas elétricas.
Sobre seu papel, a Agereg destacou que tem como responsabilidade regular o contrato firmado entre o poder público e a concessionária, com o objetivo de estimular a melhoria da qualidade e da produtividade dos serviços prestados pela empresa responsável pelo transporte coletivo da Capital.
“Importante mencionar que a perda de passageiros impacta diretamente a prestação do serviço pela concessionária, uma vez que as principais fontes de receita provêm da arrecadação tarifária”, diz a nota.
A Agência também ressaltou que está empenhada em garantir que o consórcio cumpra todas as obrigações contratuais, assegurando regularidade, eficiência, segurança, atualidade e cortesia na prestação dos serviços públicos sob sua regulação, controle e fiscalização.
Em relação às críticas feitas pela especialista e às 447 denúncias recebidas pela Ouvidoria da CPI, que relatam má conservação dos ônibus, ausência de fiscalização, infraestrutura precária, má gestão, tarifa elevada, baixa qualidade do serviço, superlotação, atrasos, falta de acessibilidade e escassez de veículos, a Agência não comentou. Preferiu reforçar apenas a justificativa relacionada à mudança de comportamento dos usuários.
Nas próximas semanas, estão previstas oito oitivas com especialistas em transporte público e mobilidade urbana, além de pessoas ligadas ao setor em Campo Grande, como o diretor e ex-diretores da Agereg, da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e representantes do Consórcio Guaicurus, responsável pela operação dos ônibus na Capital.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.