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Capital

Alvo da PF, sobrinho de conselheiro do TCE é exonerado do Tribunal de Justiça

Danillo Moya Jeronymo era comissionado no gabinete do desembargador Luiz Tadeu

Por Aline dos Santos | 03/11/2024 17:49
Policiais federais cumpriram mandado de busca no TJMS no último dia 24. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais federais cumpriram mandado de busca no TJMS no último dia 24. (Foto: Henrique Kawaminami)

Alvo de operação da PF (Polícia Federal) contra venda de sentença, Danillo Moya Jeronymo foi exonerado do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Sobrinho de Osmar Jeronymo (conselheiro do Tribunal de Contas do Estado), ele era servidor comissionado no gabinete do desembargador Luiz Tadeu Barbosa Silva.

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Danillo Moya Jeronymo, sobrinho do conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, Osmar Jeronymo, foi exonerado do Tribunal de Justiça do estado após ser alvo da operação Ultima Ratio da Polícia Federal, que investiga a venda de sentenças. A exoneração, retroativa à data da operação, ocorreu após a apreensão de diálogos no WhatsApp de Danillo que indicam a participação dele, do tio e de um advogado na obtenção de uma decisão favorável à empresa de seu irmão em um processo sobre uma fazenda em Maracaju. A operação também afastou cinco desembargadores do TJMS, incluindo o presidente e o presidente eleito.

A exoneração foi publicada na última quarta-feira (30) no Diário da Justiça. A decisão é do presidente em exercício do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, retroativa a 24 de outubro, dia da operação Ultima Ratio. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) ordenou que o então servidor utilizasse tornozeleira eletrônica. A mesma medida foi determinada ao conselheiro, que foi afastado do Tribunal de Contas.

Conforme a Polícia Federal, diálogos por WhatsApp, extraídos do telefone apreendido de Danillo, apontam para atuação dele, do tio e do advogado Felix Cunha para obtenção da decisão em que a empresa DMJ e Diego Jeronymo, irmão de Danilo, são excluídos de processo em Maracaju por ordem do Tribunal de Justiça.

A ação é sobre fazenda no município. A dona afirma que fez empréstimos e, quando foi pagar, descobriu que glebas foram vendidas, com assinatura fraudada. A fazenda “puxa” suspeita de venda de sentença no Tribunal de Justiça.

A operação afastou cinco desembargadores do TJMS: Marcos Brito, Vladimir Abreu, Sergio Martins (atual presidente), Sideni Soncini Pimentel (presidente eleito) e Alexandre Bastos.

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