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Capital

Apesar de caos, Santa Casa recebeu 110 novos pacientes

Com superlotação e falta de insumo, o hospital possui média de internação de 57%

Por Geniffer Valeriano | 25/03/2025 13:37

Apesar da superlotação e da escassez de insumos, a Santa Casa informou que 57% dos pacientes atendidos nesta segunda-feira (24) foram internados no hospital. Apenas ontem, quando a situação “caótica” foi comunicada pelo hospital, 110 novos pacientes foram atendidos.

RESUMO

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A Santa Casa de Campo Grande enfrenta uma grave crise de superlotação, com seu Pronto-Socorro operando seis vezes acima da capacidade. Projetado para 13 leitos, o local abriga mais de 80 pacientes. Apesar do pedido de suspensão de novos atendimentos, o hospital recebeu 110 pacientes somente na segunda-feira (24), dos quais 57% foram internados. A unidade mantém uma média de 110 atendimentos diários, com taxa de internação de 53%. A Secretaria Municipal de Saúde informou que todos os hospitais da cidade estão lotados, atribuindo a crise ao aumento de pacientes politraumatizados e surto de doenças respiratórias. As UPAs registraram pico de 4 mil atendimentos no domingo, quando a média normal seria de 1,5 mil. Atualmente, 195 pacientes aguardam leitos na cidade, sendo 30 do interior do estado.

Após anunciar que não poderia admitir novos pacientes, o hospital informou ao Campo Grande News que, até as 9h desta terça-feira, 76 pessoas estavam no Pronto-Socorro. Outras 37 passaram por atendimento até as 11h.

“Em cumprimento às suas obrigações contratuais, segue recebendo pacientes regularmente, conforme estabelecido nos acordos vigentes. No entanto, devido à superlotação e à falta de insumos, que impactam a capacidade operacional do hospital, foi necessário comunicar oficialmente que, neste momento, não é possível admitir novos pacientes”, explicou a unidade de saúde.

O hospital ainda detalhou que, entre janeiro e fevereiro, a média diária de atendimentos foi de 112, o que equivale a quatro novos pacientes a cada hora. Nos primeiros 23 dias de março, o número teve uma leve redução, com média de 110 atendimentos diários. Desses, 53% – cerca de 59 pessoas – precisaram de internação.

Entenda - A Santa Casa de Campo Grande divulgou um ofício nesta segunda-feira (24) solicitando a suspensão de novos atendimentos devido à superlotação. O Pronto-Socorro, projetado para 13 leitos, abrigava mais de 80 pacientes, operando com uma ocupação seis vezes acima da capacidade.

Imagens divulgadas pelo hospital mostram corredores e o saguão lotados, com pacientes em macas. O diretor técnico, William Lemos, alertou para a crise financeira grave e o desabastecimento de insumos, afirmando que a unidade não consegue mais oferecer atendimento adequado. "O hospital pede socorro", declarou.

Após o comunicado da Santa Casa, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que todos os hospitais da cidade estão lotados e sem leitos disponíveis. No entanto, casos de urgência ainda serão encaminhados à unidade. O aumento de pacientes politraumatizados e o surto de doenças respiratórias são apontados como as principais causas da crise.

A secretária Rosana Leite explicou que as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) registraram um aumento significativo na procura por sintomas respiratórios, atendendo mais de 4 mil pessoas no domingo (23), quando a média seria 1,5 mil. Para ela, o fim do Carnaval pode ter contribuído para o crescimento dos casos.

Na manhã desta segunda-feira (24), 195 pacientes aguardavam leitos, sendo 30 do interior. Rosana destacou que a superlotação atinge a Santa Casa, o Hospital Adventista do Pênfigo e o HU (Hospital Universitário), reforçando a necessidade de ampliar atendimentos especializados no interior para aliviar a pressão sobre Campo Grande.

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