Após 11 anos de acusações e processos, investigador é demitido da Polícia Civil
Joventino Floriano foi acusado de extorsão e estelionato; decisão no Diário Oficial retira-o do cargo
Acumulando acusações por extorsão e estelionato ao longo da carreira, o investigador Joventino Floriano da Silva foi oficialmente demitido da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (20) no Diário Oficial do Estado, mais de uma década depois da primeira denúncia criminal contra ele.
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Investigador da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Joventino Floriano da Silva, foi demitido após acumulação de acusações por extorsão e estelionato. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (20), sendo assinada pelo secretário de Justiça e Segurança Pública. A primeira denúncia contra Silva surgiu em 2015, quando foi acusado de exigir dinheiro para não efetuar uma prisão. Em 2024, nova denúncia o apontou como integrante de grupo especializado em golpes financeiros em Dourados, onde utilizava sua condição de policial para dar credibilidade a fraudes.
A medida foi assinada pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, e aplica a pena de demissão por violação de deveres funcionais e prática de condutas incompatíveis com o cargo.
Primeiro caso — A primeira denúncia contra Joventino veio em 2015, após investigação do MP (Ministério Público) sobre uma abordagem feita em Campo Grande. Ele foi acusado de exigir dinheiro e o carro de um homem com mandado de prisão em aberto para não efetuar a prisão.
A Justiça o condenou por concussão à pena de dois anos de reclusão, mas a punição foi extinta pouco depois, com o reconhecimento da prescrição retroativa.
Nova denúncia - Mesmo após o fim do primeiro processo, Joventino voltou a ser denunciado pelo Ministério Público em 2024, desta vez em Dourados. Ele é apontado como integrante de um grupo envolvido em estelionato, acusado de usar a condição de policial para intermediar e dar aparência de legalidade a golpes financeiros.
Segundo a acusação, o investigador auxiliava civis em fraudes, atuando como elo entre os envolvidos e as vítimas — o que conferia credibilidade às negociações e dificultava a suspeita de crime. O Ministério Público classificou a atuação do grupo como conduta criminosa habitual, razão pela qual Joventino não teve direito a acordo judicial.
O caso segue em investigação e ainda não tem sentença.
Desfecho administrativo - A demissão encerra a trajetória de Joventino na Polícia Civil. Segundo a publicação, ele violou deveres funcionais previstos no estatuto da corporação, como manter conduta ilibada, agir com probidade e zelar pela dignidade da função pública.
Com a decisão, o investigador deixa oficialmente o cargo que ocupava há mais de 20 anos.
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