Após 4 anos, DNA confirma identidade de homem esquartejado
Em 2021, Pedro e a esposa foram mortos, esquartejados e queimados antes de serem deixados às margens da BR-262
A Polícia Civil, por meio do Setor de Desaparecidos da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), identificou nesta segunda-feira (18) os restos mortais de um homem desaparecido desde agosto de 2021. A confirmação veio por meio de coleta de material genético da mãe da vítima, encerrando quatro anos de angústia da família.
RESUMO
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A Polícia Civil identificou os restos mortais de Pedro Vilha Alta Torres, desaparecido desde agosto de 2021, através de exame de DNA realizado com material genético de sua mãe. A ossada foi encontrada em um terreno baldio no Bairro Moreninha IV, apresentando sinais de violência. Pedro e sua esposa Priscila foram mortos, esquartejados e queimados às margens da BR-262, em Campo Grande. Os autores do crime, Ana Carla Pereira e Alexandre de Oliveira Gimenes, foram condenados a 53 anos de prisão. A motivação seria vingança por um suposto furto à casa de um traficante.
No mesmo ano do desaparecimento, uma ossada foi encontrada em um terreno baldio no Bairro Moreninha IV, acondicionada em um saco plástico. O crânio apresentava sinais de violência, indicando homicídio. Inicialmente, o caso foi registrado na 4ª Delegacia de Polícia Civil e, posteriormente, encaminhado à DHPP. Durante as investigações, surgiram indícios de que os restos mortais pertenciam a Pedro Vilha Alta Torres, de 45 anos à época.
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O material genético da ossada foi coletado, e, durante uma campanha de coleta de DNA realizada entre os dias 15 e 18 de agosto deste ano, o DNA da mãe da vítima confirmou oficialmente a identidade de Pedro. Com isso, um Inquérito Policial foi instaurado para elucidar o crime.
O crime - Pedro e sua esposa, Priscila, foram mortos, esquartejados e queimados antes de serem deixados às margens da BR-262, em Campo Grande, no dia 16 de agosto de 2021. Em 15 de janeiro de 2022, os autores do crime foram presos em Ribas do Rio Pardo, cidade a 98 quilômetros da Capital.
Segundo as investigações, a ideia inicial dos criminosos era matar, “picotar” e espalhar o corpo do casal pela cidade, mas decidiram queimar as partes para facilitar. A motivação seria vingança, sob acusação de que Pedro e Priscila teriam furtado a casa de um traficante.
O casal estava junto há 12 anos, vivendo um relacionamento marcado pelo vício em drogas e pelas prisões de Pedro. Ele acumulava condenações por ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma e uma sentença de sete anos e nove meses, imposta pela 2ª Vara do Tribunal do Júri em processo de 1998. Segundo parentes, os dois cometiam pequenos furtos para sustentar o vício, sempre culminando em discussões. Em uma briga, Pedro chegou a ameaçar os irmãos da sogra, que registrou denúncia na polícia.
Em 19 de setembro deste ano, Ana Carla Pereira e Alexandre de Oliveira Gimenes foram condenados à soma de 53 anos de prisão pelo assassinato do casal. Grasieli Felix Ferreira, terceira acusada, foi absolvida, mesmo após confessar participação no crime.
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