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Capital

Após acordo, asilo quita dívida de R$ 1,3 milhão com ex-funcionários

Ela se acumulou entre 2014 e 2017 e foi paga em parcelas pela instituição que acolhe idosos na Capital

Por Cassia Modena | 21/05/2024 15:25
Fachada do asilo São João Bosco, instituição que fica no Bairro Tiradentes, em Campo Grande (Foto: Alex Machado/Arquivo)
Fachada do asilo São João Bosco, instituição que fica no Bairro Tiradentes, em Campo Grande (Foto: Alex Machado/Arquivo)

O asilo São Bosco, instituição de Campo Grande que hoje acolhe aproximadamente 90 idosos desamparados, conseguiu quitar dívida de pagamentos a ex-funcionários que chegou ao total de R$ 1.313.662,24 somando também valores pendentes de perícias, contribuições sociais e custas processuais.

Com isso, foram finalizados 39 processos trabalhistas abertos entre 2014 e 2017 em Varas do Trabalho da Capital.

Foi necessário o asilo fechar acordo com o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para evitar penhoras de bens e valores durante o andamento das ações e permitir o pagamento parcelado. Ele foi firmado somente em 2020, com o São João Bosco se comprometendo a pagar tudo o que devia em até três anos por meio de garantias legais.

As ações foram encerradas em abril deste ano, como divulgado ontem (20) no site do Tribunal. Porém, a dívida milionária já havia sido saldada totalmente em 2023, conforme estava previsto, disse hoje (21) à reportagem o advogado que representa o asilo, Diego Marcelino.

“No caso do Asilo São João Bosco, a instituição, notoriamente conhecida na sociedade campo-grandense por seu trabalho humanitário, apresentou o plano e cumpriu todas as obrigações nele contidas. O [acordo] foi, portanto, importante, porque ao mesmo tempo em que possibilitou que os trabalhadores recebessem o que lhes era devido, proporcionou ao Asilo condições de continuar exercendo suas atividades”, afirmou o juiz do TRT, André Luis Nacer de Souza, que acompanhou os processos.

Golpe - O São João Bosco se mantém com o que recebe por meio de doações e convênios com o Poder Público. A instituição foi procurada, mas não comentou o que levou ao acúmulo de dívidas na época, justificando que o problema é de responsabilidade de uma gestão diferente da atual.

Em 2021, o Campo Grande News noticiou que o asilo sofreu golpe de R$ 75 mil que seriam destinados a indenizações trabalhistas. O acusado, advogado Ricardo Augusto Nascimento Pegolo dos Santos, reconheceu como “líquida e certa” a dívida e a devolução do dinheiro, acordando pagamento de R$ 100 mil à instituição.

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