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Capital

Após fechamento do HU, crise na saúde será investigada pelo TCE-MS

Nyelder Rodrigues | 14/03/2017 19:10
HU fechou o pronto-socorro e reflexo já é sentido na Santa Casa e Hospital Regional (Foto: Arquivo)
HU fechou o pronto-socorro e reflexo já é sentido na Santa Casa e Hospital Regional (Foto: Arquivo)

O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) anunciou nesta terça-feira (14) que vai investigar o recente fechamento de pronto-socorros em Campo Grande. O atendimento de emergência da Santa Casa, maior hospital do Estado, foi um dos que apresentou problemas. Agora, é o HU (Hospital Universitário) quem passa pelo mesma situação.

De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa do TCE, a situação gerou "um verdadeiro caos para a população da Capital e do Estado", sendo inclusive relatados pela imprensa local e em rede nacional.

Para apurar o caso, o presidente do órgão, o conselheiro Waldir Neves, nomeou uma força tarefa multidisciplinar, conforme a portaria 13/2017. Ao todo, seis servidores vão realizar a auditoria na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública).

A intenção é saber quais fatos levaram a decisão de fechamento por falta de recursos nestas unidades, colocando em risco à vida de várias pessoas, principalmente as que não possuem planos de saúde e tem baixa renda, dependendo exclusivamente do SUS (Sistema Única de Saúde) para conseguir atendimento médico-hospitalar.

"Na defesa dos direitos da população, o TCE-MS determinou que os auditores apresentem em três dias um relatório preliminar a partir da publicação da Portaria, que será publicada em edição Suplementar do Diário Oficial desta terça-feira, 14 de março de 2017", frisa o texto.

Problemas - Durante fevereiro, a Santa Casa restringiu atendimentos no pronto-socorro, recebendo apenas pacientes que passaram pela Central de Regulação do município, como medida para conter a crise financeira do local. Além disso, a falta de pagamento de funcionários resultou em paralisação.

Agora, a crise afeta o HU, que fechou na sexta-feira (10) o PAM (Pronto Atendimento Médico) alegando falta de recursos para mantê-lo aberto, já que recebe o mesmo valor de convênio com a prefeitura há 10 anos.

Um novo convênio está em negociação, mas caminha devagar. O hospital, que também fechou a maternidade e ameaça suspender cirurgias eletivas, diz que o custeio mensal da unidade chega a marca de R$ 4,7 milhões.

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