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Capital

Assassinos divulgaram morte de jovem estrangulado pelo Facebook

Após abandonarem o corpo, os suspeitos usaram o celular de Tiago para entrar no perfil dele no Facebook e avisarem a família sobre o crime

Geisy Garnes | 09/01/2019 10:40
Tiago foi encontrado morto na manhã de ontem (Foto: Reprodução Facebook)
Tiago foi encontrado morto na manhã de ontem (Foto: Reprodução Facebook)

Homem encontrado estrangulado com uma corda, na manhã desta terça-feira (8), no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande, foi identificado como Tiago da Silva de Jesus, de 17 anos. O rapaz teve a morte divulgada no próprio Facebook pelo assassinos horas depois que o corpo foi achado.

A matéria do Campo Grande News, que divulgava o crime, foi compartilhada no perfil de Tiago às 13h02 de ontem, poucas horas depois do corpo ser encontrado. A mesma notícia foi enviada a irmã do adolescente por messenger, junto com o aviso para que a família buscasse o corpo dele na Capital de Mato Grosso do Sul.

Ela entrou em contato com o IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) e confirmou que o homem encontrado na Rua Onze Horas, na calçada do muro da Escola Municipal Irene Szukala, era Tiago. Equipes da Polícia Civil acreditam, que usando o celular da vítima, os próprios autores do homicídio entraram no perfil da vítima e “anunciaram” sua morte.

Tiago estava há dois meses sem dar notícias à família. Para eles, o adolescente estava trabalhando em um fazenda na região de Sinop, no Mato Grosso, sua cidade natal. 

Segundo Otoniel Prado, tio do adolescente, pelo Facebook, os parentes acompanhavam fotos publicadas por ele e até perguntavam onde ele está, mas não tinham resposta. Agora, tentam levar o corpo de Tiago de volta para Sinop. “A mãe dele está tentando ir para Campo Grande, retirar o corpo no Imol. Mas trazer o corpo é caro, ainda não sabemos como vai ser”, contou.

Tiago foi estrangulado com uma corda, encontrada com o corpo, e tinha uma lesão profunda na nuca. "Houve tentativa de degola", explicou o delegado que atendeu o caso, Danilo Mansur. O caso é investigado por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) e da 5ª Delegacia de Polícia Civil.

Matéria foi compartilhada horas depois que o corpo foi encontrado (Foto: Reprodução Facebook)
Matéria foi compartilhada horas depois que o corpo foi encontrado (Foto: Reprodução Facebook)
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