Associação quer respeito à PM e diálogo para resolver tensão com a Guarda
A Associação dos Oficiais Militares Estaduais espera que a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) apure e promova o diálogo entre PM (Polícia Militar) e Guarda Municipal para acabar com a tensão envolvendo as duas corporações. O presidente da entidade, coronel Alírio Vilassanti, condena os ataques feitos por ambas as partes e exige respeito ao trabalho dos policiais.
O caso estourou quando dois guardas foram detidos dentro da sede administrativa da instituição suspeitos de agredir uma pessoa na rua. Foi registrado boletim de ocorrência por abuso de autoridade e invasão de unidade.
“Gestores têm que caminhar ao diálogo e não ao ataque”, disse o coronel. “A PM sempre teve uma composição compositiva com outras esferas da segurança pública. Houve doação de armamentos e capacitação para a Guarda, não só em Campo Grande, mas em outros municípios também”.
Vilassanti destacou que a questão não beneficia a sociedade. “Nós temos visto declarações feitas no calor das emoções contra a instituição da PM. Nós pedimos ao comando da instituição e à Sejusp uma apuração rigorosa dos fatos e providências para que se possa ter o respeito entre as corporações, e não declarações desconexas”
Outro lado – Conforme o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande, Hudson Pereira Bonfim, a detenção que motivou a polêmica entre as instituições se trata de um fato isolado. “Não corresponde com a atuação da polícia. Nós somos parceiros da PM. Esse fato não vai causar uma morosidade entre as instituições, mas vai ser apurado internamente em ambas as corporações e pela Polícia Civil”, diz.
“Também estamos passando para a sociedade que há uma legalidade da atuação da Guarda prevista em lei. Nós somos formados dentro da academia da PM e passamos por formações lá. Isso acaba selando a função da corporação”, conclui.