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Capital

"Burlaram 2 autenticações", diz diretor sobre hackers que furtaram entidade

Ontem, polícia deflagrou operação e prendeu 3 integrantes de quadrilha

Por Dayene Paz | 06/05/2025 10:55
"Burlaram 2 autenticações", diz diretor sobre hackers que furtaram entidade
Viatura da Garras em frente à residência onde mandados foram cumpridos (Foto: Divulgação | PCMS)

O grupo que invadiu a conta e tirou R$ 60 mil da Associação Juliano Varela, localizada no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, era especialista, segundo a investigação. "Conseguiram passar por duas autenticações, da presidência e do setor financeiro da instituição", explicou José Luiz Fernandes Varela, irmão de Juliano Varela e diretor social da associação que atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual.

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Uma quadrilha especializada em fraudes bancárias invadiu a conta da Associação Juliano Varela, em Campo Grande, e retirou R$ 60 mil. A operação da Garras resultou em seis mandados de prisão temporária, dos quais três suspeitos foram localizados em São Paulo. A associação, que atende crianças com deficiência, teve o valor destinado a despesas essenciais. Os criminosos conseguiram passar por autenticações da presidência e do setor financeiro da instituição. A investigação revelou que a quadrilha, composta por pelo menos seis pessoas com histórico de fraudes, movimentou mais de R$ 30 milhões em transações suspeitas nos últimos cinco anos. Durante a operação, foram apreendidos equipamentos utilizados nos crimes.

Ontem (5), a Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) deflagrou operação contra a quadrilha de hackers. Foram expedidos seis mandados de prisão temporária, mas apenas três investigados foram localizados em cidades de São Paulo. Os outros continuam sendo procurados.

Ao Campo Grande News, por telefone, José Luiz explicou que o golpe foi cometido em setembro do ano passado. "Invadiram a conta e fizeram dois saques de R$ 29,999 mil. Foram muito bons, porque passaram pela autenticação obrigatória para qualquer valor, mas o setor administrativo percebeu o deficit", comenta.

O valor retirado pelos criminosos havia sido destinado à associação com sede em Campo Grande pelo Fundo Municipal de Saúde. Seria usado para despesas com estrutura, como pagamento de água, luz, internet e outros.

Assim que foi comunicado, José procurou a delegacia de polícia e registrou boletim de ocorrência. "O banco em dois dias, por confiança, devolveu o dinheiro à associação e a polícia começou a investigar. Ficamos preocupados de eles invadirem novamente a conta, mas ao mesmo tempo confiantes na investigação".

Operação - A quadrilha é composta por ao menos 6 pessoas, todos moradores de São Paulo e com histórico de envolvimento em fraudes bancárias há mais de duas décadas, sendo só nos últimos cinco anos movimentaram mais de R$ 30 milhões em transações financeiras suspeitas.

Ao todo foram expedidos 11 mandados de buscas e mais 6 de prisões temporárias. No entanto, apenas três integrantes da quadrilha foram encontrados sendo um homem de 49 anos em Botucatu, um de 33 anos em São Paulo e outro de 45 anos em Diadema. Os outros suspeitos não foram localizados até o momento.

Durante as diligências, ainda foram apreendidos celulares, computadores, notebooks e cartões de memória, equipamentos compatíveis com os utilizados nos crimes investigados.

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