Capital chegou a 41% de vacinação contra gripe após decreto de emergência
Decreto foi motivado pela alta nos casos de SRAG, que elevou a demanda por internações na rede de saúde
A cobertura vacinal contra a gripe em Campo Grande chegou a 41% do público-alvo após um mês da instauração do decreto de emergência pela Prefeitura. A informação foi divulgada pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, durante a audiência pública de prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025, realizada nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal.
RESUMO
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Campo Grande alcança 41% de cobertura vacinal contra a gripe após decreto de emergência. A informação foi divulgada pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, durante audiência pública na Câmara Municipal. O decreto, publicado em abril, visava conter o avanço da síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Além da vacinação, a prefeitura contratou profissionais de saúde e adquiriu insumos. A secretária destacou que Campo Grande está entre as capitais com melhor desempenho na campanha de vacinação. Apesar da melhora, Rosana Leite apontou déficit de leitos hospitalares na rede pública. Mães de crianças com deficiência protestaram durante a audiência, reivindicando insumos e prioridade na vacinação.
Segundo Rosana, embora o decreto não tenha reduzido expressivamente a procura por atendimento nas unidades de saúde, ele teve papel essencial na conscientização da população sobre a importância da vacinação. "É um índice que coloca Campo Grande entre as capitais com melhor desempenho”, destacou a secretária.
Publicado em 26 de abril, o decreto foi motivado pelo aumento expressivo nos casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), que elevou a demanda por internações nas unidades de saúde. O documento autorizou a contratação emergencial de profissionais da saúde, o remanejamento de servidores da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a aquisição de materiais e serviços sem necessidade de licitação.
Outra ação que impactou o aumento da cobertura vacinal foi o Dia D, realizado nos dias 10 e 11 de maio, com 15 pontos de vacinação — incluindo dois drive-thrus — para facilitar o acesso da população ao imunizante. Antes da campanha, o município registrava cobertura vacinal de 19,31%, que subiu para 33,4%.
A vacina é indicada para toda a população a partir dos seis meses de idade e é fundamental para reduzir complicações, internações e mortes decorrentes da gripe, especialmente durante o período de maior circulação de vírus respiratórios.
Importante ressaltar que a vacinação contra a Influenza continua disponível nas 74 unidades de saúde de Campo Grande, durante o horário regular de atendimento. Neste final de semana, também haverá plantão de vacinação.
Para se vacinar, é necessário apresentar um documento pessoal com foto. Confira os pontos de vacinação:
Sábado – 31 de maio
USF Tiradentes – das 7h30 às 16h45 – Av. José Nogueira Vieira – Jardim Itatiaia.
Base Aérea de Campo Grande – das 8h às 11h – Av. Duque de Caxias, 2905 – Em frente ao Monumento do Avião.
Ônibus da Cruz Vermelha – das 14h às 18h – Rua Aracy de Almeida, 485 – Jardim Carioca.
Todos em Ação – Santa Emília – das 8h às 12h – Escola Municipal Maria Tereza Rodrigues (Rua Cel. Adauto Barbosa, 350); e na USF Santa Emília (Rua Boanerges Lopes, s/n).
Domingo – 1º de junho
Bosque dos Ipês – das 11h às 17h - Av. Cônsul Assaf Trad, 4796 – Parque Novos Estados.
Déficit de leitos - Durante a audiência, Rosana também apontou a insuficiência de leitos hospitalares na capital. Dos 1.719 leitos disponíveis, 1.310 pertencem à rede de saúde complementar. “A quantidade de leitos deveria ser maior. A maioria está à disposição na saúde complementar. Há um déficit crônico de leitos. Nossas UPAs e CRSs ocupam o papel de unidades internadoras”, afirmou a secretária.
Também foi mencionado que, entre janeiro e abril de 2025, foram realizados 19.383 procedimentos hospitalares — sendo 10.756 cirurgias — e 923.941 atendimentos ambulatoriais em toda a rede municipal.

Durante a audiência, um grupo de mães atípicas — responsáveis por crianças com deficiência e doenças raras — também protestou cobrando mais atenção do poder público. A presidente da Comissão de Mães Atípicas de Mato Grosso do Sul, Lili Daiane Recalde, alertou para a falta de insumos e medicamentos básicos nas unidades de saúde e cobrou prioridade na vacinação para esse público.
“Não é aceitável que faltem materiais essenciais para o tratamento dos nossos filhos. Precisamos de políticas efetivas e respeito aos nossos direitos”, afirmou Lili.
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