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Capital

Capital registra redução de 72% nas áreas em alerta para dengue

Das 71 áreas que compõem o Levantamento, 66 aparecem com índices considerados satisfatórios

Gabriela Couto | 12/08/2022 10:24
Agente comunitário analisando amostras de larvas de mosquitos em meio a entulho. (Foto: Divulgação)
Agente comunitário analisando amostras de larvas de mosquitos em meio a entulho. (Foto: Divulgação)

Os novos números do LIRaa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) divulgado pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, apontam uma redução na quantidade de áreas em situação de alerta em comparação com os dados de junho. O índice saiu de 18 para cinco, com percentual de infestação de 1% a 3,9%, o que representa uma redução 72%.

No LiRaa divulgado junho, 18 áreas apareciam em alerta  e 53 em situação satisfatória. Nos dois últimos levantamentos nenhuma área apareceu com índice considerado de risco. Das 71 áreas que compõem o Levantamento, 66 aparecem com índices considerados satisfatórios – abaixo ou igual a 1% de infestação.

Apenas as áreas das respectivas unidades de saúde dos bairros Vila Carvalho, Vila Corumbá, Mário Covas, Botafogo e Silvia Regina continuam em alerta, com índice de infestação de 1% a 3,9%. O secretário José Mauro Filho destaca que a redução nos índices de infestação e de casos das árboviroses deve ser comemorado, mas é preciso que toda a população continue colaborando.

“Isso mostra que nossas ações têm feito a diferença. Temos trabalhando diariamente para evitar que o nosso Município e nossa população sofra ainda mais com as doenças transmitidas pelo mosquito (Aedes aegypti), como a dengue, zika e chikungunya. No entanto, isso não significa que a gente pode relaxar agora. Temos que continuar atuando e contando com a colaboração da população para reduzir ainda mais esses índices”, destaca.

O secretário chama a atenção para o fato de 80% dos focos ainda serem encontrados dentro das residências, em objetos passíveis de descarte na coleta de lixo comum. “Diferente do que muita gente pensa, a maioria dos focos do mosquito está dentro do nosso lar. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal. Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha”, disse.

Os casos dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypty, têm se mantido estáveis em Campo Grande. Há dois anos o Município não enfrenta uma epidemia da doença. De 01 de janeiro ao dia 09 de agosto de 2022 foram registrados 12.721 casos notificados de dengue e sete óbitos provocados pela doença.  No mês de julho foram notificados 641 casos, o que representa uma redução de 65% em relação ao mês anterior, onde foram notificados 1.866 casos da doença.

Além das limpezas e visitas de portas em porta dos agentes comunitários de saúde, outras estratégias complementares foram adotadas, como o Método Wolbachia,. Os chamados Wolbitos, que são os mosquitos Aedes aegypti com a bactéria capaz de evitar que os insetos transmitam a dengue, zika e chkungunya,  já estão presentes em quase todas as regiões da cidade.

Na próxima semana, uma nova   metodologia será implementada dentro do método, que é o Wolbito em casa. Campo Grande será a primeira cidade do mundo a realizar a ação. “Iremos mobilizar 3 mil alunos  das nossas escolas municipais para conscientização, qualificação e inclusão no processo de combate às árboviroses. Um projeto que com certeza dará resultados importantes na próxima década no manejo das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti “, finaliza o secretário.

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