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Capital

CCZ vistoria ONG, mas não recolhe animais após flagrante por maus-tratos

O CCZ informou que fez a inspeção sanitária e a verificação clínica de alguns animais

Por Viviane Oliveira e Clara Farias | 22/04/2024 11:38
Sacos de lixos na frente da ONG indicam que foi feita limpeza na casa  (Foto: Marcos Maluf) 
Sacos de lixos na frente da ONG indicam que foi feita limpeza na casa  (Foto: Marcos Maluf)

Nesta manhã, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Vigilância Sanitária e Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) voltaram à ONG MiaCat, localizada no Bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, mas não recolheram nenhum animal.

Conforme a advogada Andreia Ferreira, a ação desta segunda-feira (22) foi uma completação da que foi feita na última sexta-feira (19), quando a empresária de 54 anos, dona da ONG, foi presa em flagrante por maus-tratos a animais. “Hoje, a aparição deles foi para verificar se alguma animal que está em tratamento precisava ser levado. Eles não levaram nenhum. Os animais estão muito bem cuidados, em tratamento”, disse.

Segundo a advogada, a ação da semana passada feita pelas equipes foi extremamente danosa. “Foi danoso ao ponto de que os funcionários e voluntários ficaram com receio de efetuar o trabalho deles. A ONG ficou praticamente três dias sofrendo”, lamentou. Quanto ao número de 560 bichos divulgado pela Decat, Andreia afirma que é sensacionalista, mas não soube dizer a quantidade exata. “Não tem tudo isso na ONG. Não consigo precisar quantos animais tem. É um número bem abaixo do que foi divulgado”, garantiu.

Advogada durante entrevista com a equipe de reportagem nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)
Advogada durante entrevista com a equipe de reportagem nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)

A dona da ONG foi solta ontem (21) em audiência de custódia e deverá apresentar laudo veterinário sobre as condições dos animais que estão em tratamento. “Depois terá de apresentar a cada 30 dias a evolução deles”, destacou Andreia.

 Ela disse que a dona da ONG está abalada com o que aconteceu, sob efeito de medicação. “Ela não tem condições de fazer muita coisa hoje”. Quanto à sujeita que foi encontrada pela equipes, a advogada explica que eles chegaram cedo, antes de os funcionários fazerem a limpeza. Hoje havia vários sacos de lixo na frente a ONG, indicando que foi feita a limpeza.

Indagada sobre a ação de hoje, a Decat informou por meio de nota que acompanhou a vistoria geral da condição dos animais feita pelo CCZ. "Enfatizo que essa diligência já estava programada desde sexta-feira". O Centro de Controle de Zoonoses informou que fez a inspeção sanitária e a verificação clínica de alguns animais, mas como são tutelados ficaram sob responsabilidade da proprietária.

A ação na ONG foi desencadeada após denúncia de que havia dois macacos filhotes e um adulto no local. Eles não foram localizados durante o flagrante. "Ela [a empresária] tirou foto com macaquinho na praia. Aqui tem praia? Esse é o primeiro ponto", questionou a advogada.

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