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Capital

Centro que acolhe imigrantes atendeu 66 mil pessoas em quase 40 anos na Capital

Local tem acolhido, principalmente, haitianos e venezuelanos de 2006 para cá

Por Cassia Modena | 23/10/2024 11:18
Prédio do Cedami foi inaugurado há quase quatro décadas e é obra do arquiteto Jurandir Nogueira (Foto: Geniffer Valeriano/Arquivo)
Prédio do Cedami foi inaugurado há quase quatro décadas e é obra do arquiteto Jurandir Nogueira (Foto: Geniffer Valeriano/Arquivo)

O que começou com a distribuição voluntária de sopa, pão e leite para imigrantes e pessoas em situação de rua, em frente a um antigo abrigo da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, tornou-se o Cedami (Centro de Apoio ao Migrante). Em 1984, o gesto de solidariedade se expandiu e ganhou sede própria no Bairro Amambaí, chegando hoje (23) à marca de 66.035 pessoas acolhidas.

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O Cedami (Centro de Apoio ao Migrante), inaugurado há 40 anos em Campo Grande, começou como uma iniciativa de solidariedade para fornecer alimentos a imigrantes e pessoas em situação de rua. Desde então, acolheu mais de 66 mil pessoas, oferecendo abrigo temporário, alimentação, roupas, e apoio na regularização de documentos e inserção no mercado de trabalho. O foco atual está em famílias de haitianos e venezuelanos, afetadas por crises em seus países. O Cedami também promove parcerias para ajudar na educação e moradia das famílias acolhidas, e busca doações para continuar seu trabalho solidário.

Nesta sexta-feira (25), o Cedami completa 40 anos de existência. Atualmente, ele é administrado pela Associação de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos, ligada ao Hospital São Julião.

O local acolhe pessoas sozinhas e famílias que não têm onde ficar em Campo Grande e precisam de apoio. O tempo de acolhimento costuma variar entre três e sete dias.

Família venezuelana que chegava ao Cedami em janeiro deste ano (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Família venezuelana que chegava ao Cedami em janeiro deste ano (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Segundo a associação, grupos familiares de haitianos e venezuelanos têm sido o público mais acolhido de 2006 para cá, devido à crise econômica e política que seus países de origem enfrentam.

São oferecidos alimentação, roupas, materiais e banheiros para higiene pessoal, avaliação de saúde e ajuda para a emissão de documentação, sendo a segunda via de documentos para brasileiros e a regularização da entrada para estrangeiros. Além disso, parceria com órgãos públicos ajuda a encontrar uma vaga no mercado de trabalho, inscrever as famílias em programas de moradia popular, matricular crianças na escola e acessar cursos profissionalizantes.

O Cedami mantém um serviço que direciona doações para os seus acolhidos. Interessados em conhecer o trabalho e ajudar, podem entrar em contato com o número (67) 3325-7819 ou ir pessoalmente até o local (Rua Visconde de Taunay, 96, Bairro Amambaí).

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