Chuva aliviou tempo seco, mas pelas ruas tem gente que espera mais
Pelas ruas de Campo Grande, depois que a primeira “chuva de verdade” caiu na Capital colocando fim a estiagem de 60 dias, muita gente afirma que esperava mais.
Apesar dos estragos que o temporal do início da tarde provocou pela cidade, a técnica de enfermagem Celia de Andrade, de 29 anos, diz que só tem a agradecer. O filho dela sofre de asma e os sintomas se agravam com a baixa umidade relativa do ar. “O que preocupou foi o vento forte mas a chuva foi lucrativa principalmente para a nossa saúde”.
O pedreiro Raimundo Rosa Everton, 26, conta que estava ansioso pela chuva prometida para domingo (13), mas que decepcionou no fim de semana. Para ele, podia ter chovido mais, para acabar de vez com o clima de deserto. “Achei pouca chuva, esperava mais”.
A aposentada Antônia Selina, 65, constatou: “teve mais vento que água”. “Sempre que chove fico preocupada com os estragos, tenho medo de que algo seja destruído, começo a orar para que não aconteça o pior”.
Já a comerciante Rosângela da Silva Leão, 47, também reclamou do vento, mas agradeceu o fim da estiagem. “Quando o vento vem, ele não avisa. Eu e meu marido temos essa barraca de pipoca e sempre chegamos cedo, hoje esperamos passar a ventania para evitar danos. Mas a chuva é sempre bem-vinda. Essa não foi suficiente, espero mais na próxima”.
Temporal – O rápido temporal que caiu em Campo levou ventos de até 64 km/h e granizo por onde passou. A chuva que durou pouco mais de meia hora, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), fez a umidade do ar subir quase 30% em uma hora – entre às 12h e ás 13h, de 57% para 84%.