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Capital

Chuva inunda ruas e residências do Jardim Santa Emília

Nadyenka Castro e Viviane Oliveira | 27/02/2011 11:22

Uma casa já foi alagada 3 vezes neste ano

Bombeiros retiram água do "rio" que virou a casa de Rubens e Márcia. (Foto: Simão Nogueira)
Bombeiros retiram água do "rio" que virou a casa de Rubens e Márcia. (Foto: Simão Nogueira)

“É uma tristeza. Não é fácil você ver e não poder fazer nada”, resume a dona de casa Márcia de Assis da Costa, 50 anos, sobre o que sente sempre que a casa é tomada pela água das chuvas. Esse sábado foi a terceira vez neste ano que a residência dela foi alagada e virou um “rio”, assim como outros imóveis e ruas do Jardim Santa Emília, em Campo Grande.

O bairro fica nos fundos do Aeroporto Internacional de Campo Grande, e, segundo os moradores, sempre que chove forte toda a água que sai do “terreno vizinho” vai para o Santa Emília. A soma da água pluvial do bairro mais do aeroporto resulta nos alagamentos.

A situação na residência de Márcia, que é cadeirante desde 2009 devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral), e do marido dela, o catador de material reciclável Rubens Miranda da Costa, 60 anos, é a mais crítica. Eles moram na rua Conde de Boa Vista.

Um dos comôdos da residência do casal. (Foto: Simão Nogueira).
Um dos comôdos da residência do casal. (Foto: Simão Nogueira).

O imóvel simples de cinco cômodos onde mora somente o casal fica totalmente tomado pela água. “Ontem nós sentamos e ficamos vendo a água entrar na nossa casa. Foi muito rápido”, conta Rubens. Dessa vez, a geladeira queimou, pois a água ficou na altura da canela de um adulto. “Até água da fossa entra”, revela Márcia.

A precipitação de ontem inundou toda a residência, que fica em desnível com o asfalto, feito há cerca de um ano, conforme os moradores. O quintal também virou um rio.

Para limpar a casa foi preciso ajuda do Corpo de Bombeiros, que retirou a água com o equipamento chamado moto-bomba. É um motor com mangueira que leva a água para outro local. Neste caso específico, foi para a via pública.

O quintal do terreno do imóvel do gari Fabiano Soares Franco, 30 anos, também ficou parecendo um rio. “Graças a Deus a minha casa é um pouco mais alta, mas o quintal fica todo alagado”, conta Fabiano, que toda vez que chove forte tem que jogar inseticida na residência por causa dos insetos que aparecem. “É muito mosquito. Tenho muito medo, principalmente porque tenho uma criança”, diz.

Os insetos são mais um dos problemas causado pelas inundações. Na do casal Rubens e Márcia, havia muitos mosquitos. “Até animais peçonhentos aparecem”, declara Márcia.

Ruas do Santa Emília são tomadas por água. (Foto: Simão Nogueira)
Ruas do Santa Emília são tomadas por água. (Foto: Simão Nogueira)

Nas ruas- Morador da rua Capitão Airton Rebouças, que é linha de ônibus, o segurança José Mauro Ramos, 35 anos, disse que a chuva de ontem alagou a via e impediu a circulação de veículos. “Por volta das 20 horas o ônibus não passou porque era muita água”.

Conforme ele, depois que o volume diminui, as poças d’água ficam cerca de cinco dias no asfalto. Crianças brincam no local e com isso podem pegar doenças e até serem “picadas” pelo mosquito transmissor da dengue, que se reproduz na água parada.

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