“Coloquei no buraco e só Deus sabe o que aconteceu”, diz réu por matar namorada
Corpo de Giseli Cristina Olikowski foi encontrado carbonizado dentro de um poço desativado em março deste ano
“Coloquei no buraco e só Deus sabe o que aconteceu depois”, assim Jefferson Nunes Ramos confessou ao juiz Aluizio Pereira dos Santos que matou a então namorada, Giseli Cristina Olikowski, cujo corpo foi encontrado dentro de um poço desativado na casa do autor, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O réu passa por julgamento nesta sexta-feira (22).
RESUMO
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Jefferson Nunes Ramos confessou em julgamento ter matado a namorada Giseli Cristina Olikowski, cujo corpo foi encontrado em um poço desativado em sua residência, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime ocorreu em 1º de março de 2025, na Rua Filipinas. Durante o depoimento, o réu alegou estar sob efeito de drogas e álcool quando cometeu o crime. Segundo ele, após uma discussão sobre entorpecentes, empurrou a vítima para dentro do poço. A mãe de Giseli contestou a alegação de que Jefferson não se lembra do ocorrido.
O crime aconteceu em 1º de março de 2025, na residência localizada na Rua Filipinas. Segundo denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Jefferson mantinha relacionamento amoroso com a vítima e a matou por condição do sexo feminino, envolvendo situação de violência doméstica.
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Hoje, durante o julgamento, Jefferson confessou o crime. Em depoimento, ele contou que usava drogas e bebia junto com Giseli, com quem mantinha um relacionamento. “A gente se encontrava na minha casa para ficar junto. Mas não era direto porque ela aparecia e sumia. A gente namorava sim”, declarou.
De acordo com o réu, três dias antes de matar a mulher ele começou a usar drogas. Na ocasião ele havia comprado R$ 400 de entorpecente e Giseli ficou irritada quando estava acabando. “A gente brigou feio. Tinha comprado cachaça, crack, maconha e pó. Começamos a usar três dias antes e quando estava acabando a droga ela ficou brava. Deu três tapas na minha cara porque queria mais e eu não tinha mais dinheiro”, afirmou Jefferson.
Por conta dos tapas, o homem alega que ficou irritado e então empurrou Giseli para dentro do buraco. “Eu não bati na cabeça dela, deve ter batido quando caiu. Lá dentro tinha bastante pedra e ferro. Eu coloquei ela no buraco e só Deus sabe o que aconteceu depois”, relatou o acusado.
Questionado novamente sobre ter agredido a namorada e ela estar viva quando caiu no poço, Jefferson diz ao juiz não se lembrar porque estava muito drogado. “Na hora que ela caiu, eu falei ‘matei a guria’. Minha explicação é que eu não lembro, eu tava muito bêbado e drogado. Eu tava com isqueiro no bolso, não lembro se joguei algo lá dentro para pegar fogo. Acabei com minha família, com a família dela, com tudo”, desabafa Jefferson.
“Depois fiquei parado em frente ao poço e fui voltando ao normal. Pensei sozinho: Deus, que cagada que eu fiz? Pedi para o vizinho chamar minha mamãe e a polícia. Não tive motivo”, finalizou o depoimento.
Ao Campo Grande News, a mãe de Giseli contou que fez questão de sentar na primeira fileira do plenário para conseguir ficar cara a cara com Jefferson. Revoltada, mas aliviada porque o homem confessou o crime, Maria Cristina dos Santos, 60 anos, se emocionou ao falar da filha.
“Uma moça bonita, tinha acabado a faculdade de enfermagem. Adorava os filhos. Uma mãe prestativa em todos os sentidos. O único problema foi essa maldita droga. É devastador. Uma coisa que dói na minha alma estava começando a melhorar, mas agora veio o júri e vejo a cara dele”, relatou Maria.
“Eu só peço justiça! Finalmente ele confessou. Esse monstro, um verme. Diz que não lembra, como não lembra? Ele está mentindo. Ela nunca fez mal para ninguém, muita gente gostava dela”, conta a mãe da vítima.
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