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Com 60,4% dos casos de Mpox transmitidos sexualmente, Carnaval preocupa

Índice alerta sobre o vírus e o período de Carnaval, época de maior contato entre pessoas e maior risco

Por Natália Olliver | 06/02/2024 11:44
Imunizante contra a Mpox, antiga Varíola dos macacos (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Imunizante contra a Mpox, antiga Varíola dos macacos (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Em Mato Grosso do Sul, 60,4% dos casos de Mpox, antiga varíola dos macacos, podem ter sido transmitidos durante relações sexuais. A informação é da SES (Secretaria de Estado de Saúde) e referente a 2022, ápice da transmissão. Apesar dos casos terem diminuído, o índice alerta sobre o vírus e o Carnaval.

A época é o período de maior contato entre pessoas e, consequentemente, maior risco de contágio, tanto da doença quanto de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

 A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que durante todo o mês de fevereiro vai realizar ações constantes de orientação sobre a doença e formas de transmissão, assim como de IST nos blocos carnavalescos e em outras regiões do município. O trabalho vem sendo feito de maneira regular na rede.

“Dentre essas ações está a distribuição de preservativos e realização de testes rápidos para diagnóstico de HIV. Cabe ressaltar que a Secretaria Municipal de Saúde realiza ações de conscientização todos os anos durante esse período, justamente com o objetivo de reduzir os riscos e possibilidades de novos casos IST.”

Ainda conforme a SES, o Estado teve 11 casos do vírus, entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Quatro deles foram no último mês, sendo um em Ivinhema e os outros em Campo Grande. Dois foram descartados, um confirmado e um está em investigação.

Já no mês de fevereiro, a pasta investiga mais um caso em Chapadão do Sul, distante a 331 quilômetros de Campo Grande. Em 2023, dezembro registrou sete casos. A maioria foi notificado à secretaria no interior. Um em Água Clara, quatro em Aquidauana, um em Três Lagoas e um na Capital. Conforme a secretaria, todos foram descartados após análise da pasta e exames laboratoriais.

Outros anos - O Estado registrou no período de maio a dezembro de 2022, 535 notificações de Mpox, sendo 160 casos confirmados da doença. Já no período de janeiro a dezembro de 2023, foram notificados 78 casos, com 1 caso confirmado.

O vírus da Mpox é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados. Os sintomas mais comuns são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele, ínguas, dor de cabeça, calafrios e fraqueza.

Fim da emergência - A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou em maio de 2023 que a Mpox não era mais considerada uma emergência de saúde pública global. O alerta para o vírus foi feito em julho de 2022 e durou dez meses. De acordo com dados da Organização, 87 mil casos da varíola dos macacos foram confirmados no mundo desde janeiro de 2022, período em que o vírus passou a circular.

A decisão de retirar a doença do alerta de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) foi devido à queda no número de casos registrados, assim como a covid-19.

Mudança no nome - A doença que ficou conhecida como "varíola dos macacos" teve o nome alterado devido às denúncias feitas para a OMS alertarem sobre o termo ser racista. No início, o Mpox foi usado junto ao antigo Monkeypox ou varíola dos macacos, até cair em desuso em 2023.

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